Como em geral ocorre, o frango abatido entrou na segunda quinzena de maio com perda de preço. Ainda assim, pode-se dizer que o recuo foi suave, pois a cotação média no dia 17, último dia de negócios da terceira semana de maio, 20ª de 2024, ficou menos de 1% abaixo do registrado uma semana antes, ocasião em que foi registrado o melhor desempenho do mês – R$7,40/kg.
Mas não só isso. Pois uma vez que essa cotação se estendeu por parte da terceira semana, o preço médio do período acabou superando, ainda que por pequena margem (0,85%), a média da segunda semana, normalmente a de melhores resultados no mês. Com isso, a média das três primeiras semanas de maio apresentou variação (negativa) de menos de meio por cento em relação ao valor médio de abril passado.
Bem mais significativa (mas agora com variação positiva) é a diferença em relação ao mesmo mês do ano passado: 11,38%. Mas isso, fique claro, não representa ganho, pois apenas reflete o desmoronamento de preços registrado um ano atrás, ocasião em que o frango abatido viu seu preço médio refluir a valor inferior ao praticado 24 meses antes.
Sob esse aspecto, pois, ainda que o valor médio de maio corrente esteja correspondendo ao mais fraco resultado dos últimos sete meses, o desempenho atual pode ser considerado uma vitória do setor, porquanto nesse período (ou seja, desde novembro de 2023), a variação entre preços mínimo e máximo não passou de 2%. Um ano atrás, em idêntico período, essa variação superou os 22%.
Claro, tal estabilidade vem sendo obtida à custa de contínuo controle da oferta. O que, implica, naturalmente, numa baixa demanda pelo frango ofertado no mercado independente, que permanece em mercado calmo e com cotações inalteradas há quase 30 dias. Os valores ora praticados – máximo de R$4,80/kg em São Paulo e média de R$4,85/kg em Minas Gerais – correspondem à menor remuneração obtida pelos produtores desde meados de agosto do ano passado.
Fonte: AviSite