Em sua terceira atualização das tendências de exportação de carne de frango em 2024 (levantamento de abril passado), o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estimou que registrarão aumento muito próximo de 1%, superando ligeiramente os 6,9 milhões de toneladas.
O aumento, porém, deverá ficar restrito aos 10 principais importadores, cujo volume deve apresentar incremento anual próximo de 2%. Entre os demais importadores (em torno de 150 países) a tendência é de redução da ordem de meio por cento no volume importado.
Considerados os 10 principais importadores, apenas a Arábia Saudita deve reduzir (em cerca de 2,5%) suas compras externas neste ano. Não chega a representar novidade, pois as importações sauditas vêm caindo ano após ano. Tanto que o volume previsto para 2024, o menor em um quinquênio, deve representar redução de 11% sobre as importações de 2020.
Mas a Arábia Saudita não está sozinha. E quem mais surpreende, neste caso, é a China. Pois, pelos volumes projetados, suas importações deste ano serão quase 23% menores que as de 2020 – por sinal, as maiores do quinquênio.
Com importações anuais oscilantes, a África do Sul pode se tornar o terceiro país a importar, neste ano, menos que em 2020. E o previsto é uma redução de pouco mais de 11% – embora, em 2024, o volume sul-africano sinalize aumento de 12,5% sobre 2023.
Na tabela abaixo o AviSite inseriu (colunas à direita), a colocação dos 10 principais importadores nas exportações brasileiras e norte-americanas em 2023. Nove deles se encontram entre os 10 principais importadores do Brasil. A exceção é o Reino Unido, 14º colocado no ano que passou.
Já no tocante aos EUA, apenas dois países (México e Filipinas) se encontram entre os 10 principais importadores. O de mais distante colocação é a Arábia Saudita, na 126ª posição em 2023. Por ora o frango norte-americano continua sem acesso ao mercado da União Europeia, o que inclui também o Reino Unido, ex-integrante do bloco.
De toda forma, o USDA registra exportações de carne de frango dos EUA para França, Países Baixos (Holanda), Alemanha, Itália, Reino Unido, Grécia, Espanha, Dinamarca e Bélgica. Devem, porém, apenas atender embaixadas e órgãos norte-americanos instalados na UE, pois, somadas, não chegam a três toneladas anuais
Fonte: AviSite