Iniciadas em 1975 com incipientes 3.469 toneladas, um quarto de século depois (2000) as exportações brasileiras de carne de frango haviam aumentado mais de 26 mil por cento. Mas só com a chegada do século XXI é que alcançaram, anualmente, o primeiro milhão de toneladas: 1,266 milhão/t em 2001.
Foi curta a permanência do setor nessa faixa, pois três anos depois os embarques chegavam aos 2 milhões de toneladas/ano, faixa em que permaneceram por também breve espaço de tempo, porquanto, mais três anos após (2007) alcançavam os 3 milhões de toneladas/ano.
A permanência nesse patamar foi mais longa (2007 a 2014): coincidiu com o período em que ocorreu a primeira grande crise econômica mundial do século XXI, iniciada em 2008 nos EUA.
Igualmente longa, mas também com duração de oito anos (de 2015 até o ano retrasado, 2022), foi a estadia na faixa dos quatro milhões de toneladas.
Ao alcançaram esse nível, em 2015, as exportações brasileiras de carne de frango romperam um quinquênio de estabilidade e continuaram em expansão no ano seguinte, 2016. Porém, logo na sequência (2017) ocorreu a abominável Operação Carne Fraca e somente quatro anos depois (2021, já em plena pandemia) é que o volume embarcado voltou a superar os níveis de 2016.
Em 2023, na antevéspera dos 50 anos de exportações brasileiras de carne de frango – a serem comemorados no ano que vem – o volume exportado chegou (sem dúvida com atraso) aos 5 milhões de toneladas.
É apenas o início, que deve registrar evolução contínua em função, sobretudo, das condições sanitárias da avicultura brasileira, ímpar entre os grandes exportadores. Provavelmente, porém, o avançar nessa faixa também será lento, outra vez por conta das condições econômicas mundiais.
Nas últimas projeções do MAPA, de meados do ano passado, o Brasil só deixará essa faixa, chegando aos 6 milhões de toneladas/ano, em 2031.
No entanto, nas mesmas projeções, foi previsto que só em 2025 o Brasil atingiria os 5 milhões de toneladas, volume que alcançado com dois anos de antecedência. Mantido esse comportamento, daqui a quatro ou cinco anos as exportações brasileiras estarão em nova e inédita faixa.
Fonte: AviSite