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Seguem crescentes em 2024 as importações de carne de frango dos Emirados Árabes Unidos

Depois de registrar aumento de quase 20% no ano passado, a produção de carne de frango dos Emirados Árabes Unidos deve aumentar outros 7% neste ano. Mesmo assim, continua representando menos de 15% do consumo total dos sete emirados que compõem o país. Daí a extrema dependência às importações, que devem crescer 2,67% neste ano.

Pelas projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), as importações de carne de frango dos Emirados irão atingir novo recorde em 2024, chegando às 385 mil toneladas. Nas palavras do órgão norte-americano, é um mercado dominado pelo Brasil, cuja participação aumentou perto de 15% nos últimos 10 anos.

Em 2024 o Brasil deve responder por 82,6% do volume previsto, o que significa exportar perto de 320 mil toneladas do produto. Notar, de toda forma, que em 2023 o Brasil enviou para os Emirados (dados da SECEX/ME) perto de 440,5 mil toneladas de carne de frango. Ou seja: os dados do USDA parecem ser parciais.

O USDA também observa que embora as exportações dos EUA para os Emirados venham aumentando, o país continua perdendo participação para o Brasil. E explica que essa perda está relacionada ao tipo de embalagem, ao tipo do produto e, por decorrência, ao preço.

O produto exportado pelos EUA está representado sobretudo por coxa e sobrecoxa (leg quarters) embaladas no que o USDA chama de “grandes supersacos de carne escura”. Ou seja: atendem apenas grandes consumidores, como as indústrias de processamento. Já o produto exportado pelo Brasil, bem mais diversificado, segue em embalagens menores e que, por isso, atendem múltiplos canais.

Por estar restrito praticamente à carne escura, o produto norte-americano é mais barato que o brasileiro. Mas sua demanda depende da relação de preços entre ambos. Assim, explica o USDA, quando o preço das “leg quarters” alcança 75% do preço médio do produto brasileiro, cai a demanda pelo produto norte-americano.

O USDA ainda faz referência a um quarto fator favorecedor do domínio do Brasil naquele mercado: a presença significativa de empresas brasileiras nos Emirados Árabes Unidos.

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