Em março passado, as exportações de carne de frango in natura registraram o melhor desempenho de 2024, apresentando aumento de 4% sobre o mês anterior e de mais de 6% sobre o último janeiro. Mesmo assim, acabaram ficando quase 20% abaixo do que foi exportado em março do ano passado.

Pesaram aqui não apenas alguns obstáculos nos embarques internos, mas, sobretudo, o fato de o mês – com 20 dias úteis – ter tido três dias úteis a menos que março de 2023. Foi o que fez a maior diferença, pois, pela média diária, o volume embarcado obteve o quarto melhor resultado dos últimos 12 meses.

Não só por isso, era quase natural contar com um resultado inferior ao de um ano atrás. É que, então, os embarques do mês atingiram recorde absoluto na história das exportações de carne de frango, com mais de 480 mil toneladas distribuídas ao longo de 23 dias úteis.

A despeito do melhor resultado no ano, a grande diferença em relação a março de 2023 faz com que o acumulado no primeiro trimestre de 2024 apresente queda anual de mais de 7% – primeira ocorrência do gênero nos últimos cinco anos.

Já o preço médio do trimestre permanece negativo em 10%. Mas o valor médio alcançado em março apresentou ligeira recuperação mensal e agora acumula recuo anual de não mais que 5% – menor resultado negativo dos últimos quatro meses.

Naturalmente, os resultados inferiores no volume e no preço, somados, se refletem na receita cambial, cerca de 17% inferior à do primeiro trimestre de 2023, recorde absoluto para o período. Mesmo assim, a receita atual corresponde ao segundo melhor resultado de todos os tempos para um primeiro trimestre.