Como sempre ocorre, os primeiros dados de exportação do mês apresentam níveis acima da média habitual, indicativo de que contêm números não contabilizados do final do mês anterior. Assim, a média embarcada nos primeiros seis dias úteis de março supera as 24 mil toneladas diárias, volume que representa aumento de 25% sobre o mês anterior e de pouco mais de 15% sobre março de 2023.

Projetada para a totalidade do mês (20 dias úteis) a atual média diária sinaliza volume em torno das 485 mil toneladas, o que significa alcançar, com pequeno acréscimo, o que foi exportado em março de 2023. Porém, senão impossível, vai ser difícil isso ocorrer. Por, pelo menos, duas razões. A primeira é que, um ano atrás, o volume exportado atingiu recorde histórico, desempenho com poucas chances de se repetir neste ano, quer pela lentidão do mercado externo, quer por travas nos embarques internos. A segunda razão (e, sem dúvida, a principal) é que março corrente, com 20 dias úteis, tem três dias úteis a menos que o mesmo mês de 2023.

Mesmo assim as exportações de carne de frango apresentam boas perspectivas para o mês. Porque, sobretudo, o preço médio do produto no mercado internacional segue em recuperação. Dessa forma, o valor alcançado nestes seis primeiros dias de embarques de março corrente alcançou média de US$1.808,00/tonelada – um resultado que, embora ainda negativo, é menos de 3% inferior ao registrado em março do ano passado (em janeiro último essa diferença a menos foi de 17,5% sobre o mesmo mês de 2023).

Com o último resultado, o volume acumulado em 2023 chega às 890 mil toneladas, volume que, distribuído pelos 47 primeiros dias úteis deste ano, representa média de, aproximadamente, 19 mil toneladas diárias. Pois bem: esse volume, aplicado aos 20 dias úteis de março corrente, aponta volume mensal em torno das 380 mil toneladas. Ou seja: persiste a tendência de volume menor que há um ano.