Como apontou ontem (19) o AviSite, em janeiro passado a produção brasileira de pintos de corte voltou a superar a casa dos 600 milhões de cabeças, alcançando o segundo maior volume dos últimos 24 meses.

Naturalmente, isso se reflete direta e integralmente na disponibilidade interna de frangos, pois, do total de pintos produzidos, mais de 99% são alojados e criados internamente.

Em decorrência, a oferta aparente de frangos prontos para abate entre meados de fevereiro e a primeira quinzena de março atingiu o maior nível em mais de 12 meses. Ou seja: a média diária desse período ficou próxima dos 19 milhões de cabeças, situando-se abaixo, somente, dos pouco mais de 20 milhões de cabeças de janeiro-fevereiro do ano passado.

Observado o fato de que, em relação ao trimestre novembro/23-janeiro/24 (caracterizado por significativa estabilidade), a disponibilidade mais recente registrou aumento superior a 7%, seria natural supor que esse incremento interferiu nos preços internos da ave abatida.

Mas não. Durante todo esse período – isto é, desde novembro de 2023 até a primeira quinzena de março corrente – a cotação do produto no atacado paulista permaneceu na faixa dos R$7,00/kg (mínimo de R$7,26/kg; máximo de R$7,63/kg no Natal), com variação, portanto, de apenas 5% entre o menor e o maior preço.