Na manhã desta quinta-feira (21), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da reunião preparatória com o alto escalão do Governo Federal e lideranças do setor privado para a VII Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), no Palácio do Itamaraty, em Brasília. 

A reunião buscou alinhar as questões econômicas e comerciais comum entre diferentes áreas, bem como os avanços em temas estratégicos e prioritários para a continuação do desenvolvimento do diálogo bilateral. 

O ministro Fávaro destacou três pontos importantes para o agro a serem implementadas entre Brasil e China: a atualização de protocolos com os princípios de regionalização para as três principais proteínas – aves, suínos e bovinos; a ampliação do reconhecimento de zonas livres de febre aftosa; e abertura do mercado para exportações de derivados da produção de etanol de milho, conhecido como DDG (grãos secos por destilação) ou DDGS (grãos secos por destilação com solúveis).  

Fávaro também lembrou da recente conquista inédita referente as 38 plantas frigoríficas brasileiras habilitadas para vender carnes ao país asiático. “Momento histórico para nossa agropecuária. Mas ninguém faz nada sozinho, por isso, agradeço mais uma vez o apoio e a dedicação do Mapa, do MDIC, do MRE, da ApexBrasil, dos produtores, enfim de todos que nos ajudam a fazer do Brasil essa grande potência de venda no agro”, disse.  

COMÉRCIO EXTERIOR 

A China é, desde 2009, o principal parceiro comercial do Brasil. Somente em fevereiro, no agro brasileiro, o país asiático adquiriu US$ 3,60 bilhões em produtos. O valor colocou o país com 31% de participação nas exportações brasileiras do agronegócio no mês.  

A soja em grão é o principal produto exportado para a China, com US$ 2,20 bilhões ou o equivalente a 61,1% do valor total exportado ao país asiático.  

Além da soja em grãos, três produtos tiveram valor exportado acima de US$ 100 milhões: carne bovina in natura (US$ 428,59 milhões; e 11,9% de participação no valor exportado); celulose (US$ 287,07 milhões; e 8% de participação no valor exportado); e algodão não cardado nem penteado (US$ 272,96 milhões; e 7,6% de participação no valor exportado). 

COSBAN

Copresidida pelos vice-presidentes dos dois países – no Brasil, Geraldo Alckmin, e da República Popular da China, Han Zheng -, a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) é o principal mecanismo de diálogo entre Brasil e China. Seu propósito é supervisionar e executar a agenda bilateral em áreas estratégicas para ambos os países. 

O grupo congrega 11 subcomissões: Política; Econômico-Comercial e de Cooperação; Econômico-Financeira; Indústria, Tecnologia da Informação e Comunicação; Agricultura; Temas Sanitários e Fitossanitários; Energia e Mineração; Ciência, Tecnologia e Inovação; Espacial; e de Cultura e Turismo; e Meio Ambiente. 

Fonte: MAPA