Desempenho do frango, boi e suíno vivos em março e no primeiro trimestre de 2024

Embora os resultados sejam preliminares, é certo que boi e frango vivos encerrem o terceiro mês de 2024 com queda de preço em relação ao mês anterior. A do frango deve ficar entre meio e um por cento. A do boi em pé, mais aguda, deve superar os 2% e corresponder ao menor valor do trimestre inicial do ano. Já o suíno deve manter a estabilidade dos dois meses anteriores, com valorização mensal de não mais que meio por cento.

Tão fracos desempenhos são preocupantes? Não por enquanto. Porque, ainda caracterizado como de “safra da carne”, o primeiro trimestre é normalmente marcado por baixas que, eventualmente, se estendem até o mês de maio. Além disso, o consumo de março foi mais restrito, devido ao período religioso da Quaresma.

Preocupante, sim, é a continuidade das baixas em relação não só a março de 2023, mas também a todo o primeiro trimestre do ano passado. É verdade, nestes casos, que o frango ainda se sai bem, com valorização anual de 2,85% e trimestral de 3,74%. Mas isto só ocorre porque os preços de um ano atrás foram baixos, inferiores aos de 2022.

É o caso, também, do boi em pé, cujos preços atingiram recorde histórico justamente no primeiro trimestre de 2022. Mas aqui não houve recuperação, pois a média do mês ficou mais de 17% aquém da registrada há um ano e que, por sua vez, havia recuado 18% em relação ao ano anterior. Ou seja: o preço hoje pago pelo boi gordo corresponde a pouco mais de dois terços do valor alcançado dois anos atrás.

Ainda que suas perdas correspondam a cerca da metade das enfrentadas pelo boi, o suíno não foge muito à mesma situação. Mas além de seus preços serem inferiores aos de idêntico mês do ano passado e do primeiro trimestre de 2023, se encontram abaixo, também, dos alcançados no primeiro trimestre de 2021 quando – devido aos surtos de Peste Suína Africana em países asiáticos – obteve as melhores cotações de todos os tempos.

Oportuno lembrar que, fora diferentes condições de mercado, os valores ora observados estão relacionados, também, à redução nos custos de produção. Os dados mensais da Embrapa Suínos e Aves mostram, por exemplo, que em fevereiro passado a queda anual no custo do frango e do suíno foi de 20%.

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