O resultado é preliminar e, portanto, dependente de confirmação. Porém, aparentemente, em janeiro de 2024 o poder de compra do salário-mínimo em relação ao frango inteiro resfriado atingiu o maior valor dos últimos cinco anos.

Não há, ainda, dados sobre o preço médio alcançado pelo frango abatido, no varejo, no mês passado. Mas, consideradas as ofertas apresentadas na internet nos últimos dias do período, estima-se que deve ter atingido, no máximo, o valor de R$10,00/kg.

Pois frente a esse preço, conclui-se que o salário-mínimo vigente no mês, de R$1.412,00, foi suficiente para adquirir pouco mais de 141 quilos do produto, volume 7,6% maior que o registrado em janeiro de 2020, ano em que começou a pandemia de Covid-19.

Nos três anos seguintes, como efeito, sobretudo, da exacerbada elevação nos custos de produção, o volume adquirível retrocedeu. E o pior momento foi registrado em janeiro de 2022, ocasião em que um salário-mínimo adquiriu 16,5 kg de frango a menos que em 2020 (queda de 12,6%).

Em 2023, com a redução nos custos e no preço, houve ligeira melhora no volume adquirível que, ainda assim, continuou 11,7% aquém do registrado em 2020.

No início de 2024, o poder de compra atinge o maior nível do quinquênio. E não apenas porque o preço do frango retrocedeu, mas também porque o salário-mínimo foi corrigido em índices que superaram a inflação. Isto, sem dúvida, dá novo alento à demanda do produto.