Ital amplia pesquisa e desenvolvimento de materiais de embalagem com novo microscópio

Referência nacional do setor, o Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea), do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-Apta), ampliou sua capacidade de pesquisa, desenvolvimento e inovação de materiais para embalagem com novos equipamentos e metodologias, atendendo aos avanços tecnológicos e às necessidades do setor.

Com verba de R$ 1,96 milhão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, a equipe do Cetea passou a operar, no último semestre, o novo Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) de alta resolução que permite captação de imagens com informações de topografia e composição química, especificação elementar de materiais de forma semiquantitativa, avaliação de propriedades microestruturais de materiais cristalinos e caracterização topográfica de materiais não condutores em condições de baixo vácuo, o que dispensa a necessidade de preparo prévio.

“Por sua configuração de última geração, as imagens podem ser ampliadas até um milhão de vezes e o levantamento de informações tornou-se mais rápido e preciso, permitindo inovações ligadas a materiais de embalagem de alimentos, bebidas, ingredientes, farmacêuticos e cosméticos, dentre outros produtos”, frisa a pesquisadora Paula Janetti Bócoli. O microscópio, modelo VEGA LMU da marca Tescan, conta com cinco detectores, dois a mais do que o equipamento anteriormente existente na unidade técnica, dando novas possibilidades às atividades já exercidas pela equipe há 30 anos.

Outra novidade e um importante passo para atender à demanda por soluções alternativas de embalagem é a implantação da metodologia de quantificação do teor de titânio/zircônia aplicado na camada de passivação de folhas de flandres denominadas Chromium Free Passivation (ou folha de flandres com passivação isenta de cromo), estabelecida na norma EN 10202:2022.

“Mundialmente, o mercado de embalagens para alimentos e outras aplicações tem buscado por novas tecnologias para a substituição do cromo em processos de passivação da folha de flandres, visando o melhor desempenho ambiental de seus produtos durante o processo produtivo e sua implementação permite verificar o cumprimento dos requisitos técnicos internacionais estabelecidos para esse tipo de produto”, explica a pesquisadora Sandra Balan Mendoza Jaime, que atua na avaliação da qualidade e desempenho mecânico de embalagens metálicas.

A metodologia consiste na extração da camada de passivação com uso de soluções específicas, seguida da quantificação do teor de titânio por leitura direta em um espectrômetro de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP OES). “O controle adequado da camada de passivação é fundamental para a qualidade do produto acondicionado: contribui para inibir o crescimento de óxido de estanho, evitando seu amarelamento, melhora a aderência de revestimentos orgânicos na superfície (vernizes e tintas) e previne a formação de manchas por sulfuração ao acondicionar alimentos com enxofre”, detalha.

Jaqueline Harumi – MTb 59.960/SP

(Crédito da imagem: Antonio Carriero/Ital)

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

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