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Desempenho do frango abatido na quinta semana de 2024, passagem de janeiro para fevereiro

Após forte retração no início da quinta semana de 2024 (dias 29 e 30 de janeiro, ocasião em que foram registrados os menores valores do corrente exercício), os preços do frango abatido voltaram a reagir. Mas encerraram o primeiro mês do ano com um valor (R$7,35/kg) quase 3% inferior ao de um mês antes (último dia de negócios de dezembro de 2023), quando foi cotado por R$7,55/kg.

Esperada e considerada natural, desta vez a queda de preços observada foi bem mais palatável que a de anos anteriores. Em 2023, por exemplo, o primeiro mês do ano foi encerrado com um valor quase 12% inferior ao do fechamento de 2022.

O melhor, porém, é que a reação observada no último dia de janeiro estendeu-se aos primeiros dias de negócios de fevereiro, antecipando melhor desempenho para o corrente mês. Nada de excepcional, provavelmente, porque há um Carnaval em meados do mês. Mas, com certeza, com a mesma estabilidade observada desde os primeiros dias de janeiro.

Sob esse aspecto, o comportamento do mercado nas cinco primeiras semanas de 2024 pode ser considerado até anormal. Pois, em geral, ultrapassado o período de Festas, o consumo se retrai e, com ele, cai de forma aguda o preço de boa parte dos alimentos, em especial o das carnes.

Não foi isso que aconteceu com o frango abatido desta vez. Pois, desconsiderados os valores iniciais do exercício (já em baixa, mas vindos, por inércia, do período de Festas), prevaleceu absoluta estabilidade no setor, as cotações variando menos de 1% na maior parte do período.

O principal efeito dessa estabilidade fica mais visível no gráfico abaixo. Porque, desde 12 de janeiro (e pela primeira vez em quase 300 dias), a cotação registrada voltou a apresentar evolução positiva em relação a idêntico período anterior. E se, na média de janeiro, o incremento em relação ao ano anterior não chega a 2%, consideradas as últimas três semanas esse índice sobe para 5,18%, podendo se aproximar dos 10% em fevereiro – se mantida no mês a estabilidade registrada no mês passado.

Obviamente, essa estabilidade depende, sobretudo, da adequação da oferta a momento, ainda, de consumo inferior ao normal. Daí a probabilidade de continuar sendo mínimo o acesso ao mercado independente do frango vivo, como já ocorre.

Isto faz com que, no mercado paulista, a cotação máxima do frango vivo permaneça, inalterada, pouco acima dos R$5,00/kg e os negócios se desenvolvam em ambiente absolutamente calmo, de mínima procura. Firme, no momento, apenas o frango vivo comercializado em Minas Gerais que, mesmo assim, se encontra com a cotação inalterada em R$5,25/kg há 30 dias.

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