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Carne de frango: primeiros embarques do ano têm retrocesso anual de 3,18% e mensal de 13,63%

Frente ao panorama amplamente favorável ao produto brasileiro no mercado internacional, prevalecia internamente a expectativa de que as exportações de carne de frango de janeiro de 2024 repetissem o desempenho de 10 dos 12 meses de 2023, alcançando seu melhor resultado para um mês de janeiro.

Mas os dados divulgados ontem (7) pela SECEX/ME revelam que isso não se confirmou, pois, em janeiro passado, o volume exportado – considerado apenas o produto in natura – ficou próximo, mas aquém, das 376 mil toneladas, resultado que significou queda de 3,18% sobre janeiro de 2023 e de significativos 13,63% sobre o mês anterior, dezembro de 2023.

Sob este último aspecto (o volume registrado em dezembro), o resultado mais recente soa desolador. Vale lembrar, no entanto, que 2023 foi encerrado com números elevados e sem dúvida inesperados (mais de 23% de aumento em relação a dezembro de 2022). Além disso, os embarques de janeiro (devido, sobretudo, ao Inverno no Hemisfério Norte) têm sido normalmente menores. Na média dos últimos 16 anos (2007/2023) corresponderam ao menor volume mensal – perto de 7,3% do total exportado no ano.

Por sinal, essa referência representa um bom indicador para o desempenho no ano. Pois, se as 375.950 toneladas de janeiro corresponderem a 7,3% do total anual, as exportações de 2024 – mantida a média dos últimos 17 anos – poderão chegar aos 5,150 milhões de toneladas, aumentando em torno de 7% sobre 2023. Só de produto in natura.

As expectativas, portanto, continuam as mais favoráveis possíveis. Só não são melhores devido ao preço alcançado pelo produto brasileiro no mercado internacional. Em janeiro, pelos dados da SECEX/ME, eles retrocederam ao menor patamar dos últimos dois anos e meio, retornando a valores alcançados em meados de 2021. Ficaram em US$1.645,32/tonelada, 1,4% a mais que o valor divulgado preliminarmente pela FAO no início deste mês.

O efeito mais perverso dessas duas reduções recaiu, naturalmente, sobre a receita cambial. Ela foi pouco além dos US$618 milhões, resultado que significou quedas de 17,35% sobre o mesmo mês do ano passado e de pouco mais de 20% sobre dezembro último.

Apesar dos pesares, o volume acumulado nos últimos 12 meses continua com evolução positiva, apresentando incremento próximo de 7% sobre idêntico período anterior. Já o preço médio apresenta retração de 9,35%, fazendo com que a receita cambial recue 3,19%.

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