Adotando o critério da média semestral móvel, o gráfico abaixo mostra a evolução das exportações brasileiras de carne de frango in natura pela média diária (considerados apenas os dias úteis de cada mês) entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2024 (dados preliminares para os primeiros 15 dias úteis do mês), isto é, desde o período pré-pandemia.
Como se constata, apenas a Covid-19 em 2020 afetou negativamente os embarques do setor. Não fosse isso, com certeza o crescimento teria sido contínuo nesses cinco anos.
O gráfico também aponta que o presente exercício está sendo aberto com volumes que remetem o setor de volta aos embarques de meados do primeiro semestre de 2023 – desempenho que, à primeira vista, representa um mau início de ano.
Notar, porém, que esse desempenho não foge à regra. Pois, excetuada a excepcionalidade de 2020, todo início de exercício é marcado pelos menores volumes do ano.
Em outras palavras, o pico dos embarques anuais ocorre geralmente entre os meses de julho e agosto, decrescendo a seguir até o início do ano seguinte.
Nos últimos anos o pico de volume tem evoluído a uma média em torno de 7% ao ano. Se esse índice for mantido em 2024, por volta de julho próximo o setor poderá estar embarcando, diariamente, algo em torno das 21,5 mil toneladas, o que, para um mês com 23 dias úteis (junto com outubro, julho é o segundo mês mais longo de 2024) se traduzirá em volume total próximo das 500 mil toneladas.
Fonte: AviSite