Pelas novas projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), em cerca de 10 anos (2033) a importação de carne de aves (frango e peru) pelos principais players mundiais do setor deve girar em torno dos 15,237 milhões de toneladas, volume que corresponde a um aumento de, praticamente, 25% sobre o que vem sendo estimado para 2023.

Desse total, pouco mais da metade (51,6%) serão destinados a 15 países (relacionados na tabela abaixo à esquerda), liderados por México, Japão, China, Arábia Saudita e Filipinas, todos integrando o rol dos 10 principais importadores da carne de frango brasileira em 2023.

Em conjunto, esses 15 países devem aumentar suas importações em pouco mais de 20%. Mas para vários deles são previstos aumentos acima dessa média: quase 80% no Vietnã; mais de 55% nas Filipinas; em torno de 30% na México e na África do Sul. Apenas dois devem registrar redução: Rússia e Egito (em 2023, 25º e 23º importadores do produto do Brasil).

Notar que nessa relação não foi incluída a União Europeia (UE), tecnicamente o quarto maior importador mundial de carne de aves. A UE é citada nas colunas à direita, entre os blocos importadores. Sob este aspecto, porém, o bloco europeu se coloca apenas como o quinto principal importador, atrás de um conjunto de países do Oriente Médio, da África Subsaariana, da África Ocidental (ECOWAS) e, mesmo, dos importadores da América Central e Caribe.

Por sinal, a maior parte do incremento previsto está concentrada nesses blocos: quase 30% a mais que em 2023. E o destaque, neste caso, vai para os integrantes do ECOWAS, cujas importações devem crescer perto de 50%. Em conjunto, os três blocos africanos citados pelo USDA devem expandir suas importações em quase 40%.

Nunca é demais citar que, em suas projeções sobre a carne de aves, o USDA continua excluindo o comércio internacional de pés/patas de frango. Isto considerado, a China deve colocar-se como o maior importador mundial.