O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e integrantes da Representação Comercial da Rússia, de três diferentes ministérios daquele país, participaram, nesta quarta-feira (24), de reunião bilateral, em formato virtual, para articular ações de cooperação direcionada para a agricultura sustentável. As duas nações compartilharam suas experiências e modelos de políticas públicas exitosas nas temáticas da baixa emissão de carbono, recuperação de áreas degradadas, inovação e digitalização na agricultura.
O vice-ministro da Indústria e Comércio da Federação Russa, Mikhail Yurin, organizador do evento, destacou, em seu discurso de abertura, aspectos correspondentes que facilitam a elaboração de ações que funcionem mutuamente. “Nossos países são muito semelhantes em tamanho, características e riquezas naturais. Desta forma, acredito que temos um grande potencial para expandir nossa cooperação econômica”, explicou.
A secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Renata Miranda, relembrou o encontro com a equipe russa em Sochi, ocorrido em outubro do ano passado, quando iniciaram o contato para estreitar relações comerciais e oportunidades de investimento para o setor agrícola. “Naquela ocasião tivemos uma conversa muito produtiva e ficou claro que, além de países similares, somos também complementares no que diz respeito a possibilidades de parcerias científicas, técnicas e econômicas. Temos muito a construir juntos e importantes resultados a alcançar”, enfatizou.
Para falar sobre a cooperação científica e técnica em agricultura de baixas emissões de gases de efeito estufa, o diretor do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação, Bruno Brasil, apresentou as estratégias utilizadas na implementação das políticas públicas brasileiras. O diretor explicou sobre os pilares do Plano ABC+, que abrangem a abordagem integrada da paisagem, a adaptação às mudanças climáticas e a promoção e fomento de práticas sustentáveis – que promovem não apenas a mitigação de carbono, mas também de metano e óxido de nitrogênio na agropecuária.
O secretário adjunto da SDI, Pedro Neto, explicou como é feita a conversão de áreas degradas no Brasil, por meio da ampliação de áreas produtivas sem a necessidade de abertura de novas áreas sobre florestas. A medida está alinhada aos compromissos nacionais de chegar ao desmatamento zero até 2030. Citou, ainda, estratégias que possibilitam o custeio de máquinas e insumos no agro brasileiro e reforçou que o país tem total interesse na cooperação para fornecimento de fertilizantes pela Rússia.
Participaram, ainda, representantes dos ministérios do Desenvolvimento Econômico e da Agricultura da Federação Russa.
Fonte: MAPA