O estado de Mato Grosso abateu em 2023 o maior número de bovinos já registrado em sua série histórica, a 6,16 milhões de cabeças, aumento de 23,5% em relação a 2022, segundo dados divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em relatório na segunda-feira (15).

“Esse movimento foi resultado do expressivo aumento no envio de fêmeas para abate, que foi 40,57% maior em relação ao observado em 2022”, disse o Imea.

A participação de fêmeas nos abates totais foi de 45,53% em 2023, acima da média histórica de 41,98%.

Para 2024, com a transição do ciclo pecuário, o Imea espera que a oferta permaneça elevada, mas sem superar o recorde de 2023.

“Ademais, a recuperação nos preços de reposição reflete nas margens da cria, principal fator que determina a intensidade do abate de fêmeas, sendo um dos pontos de atenção para o próximo ano [2024]”, disse o Imea.

Os abates recordes em 2023 colaboraram para que as exportações de carne bovina de Mato Grosso no ano passado registrassem o segundo maior volume já embarcado em um ano pelo estado, a 589,19 mil toneladas equivalente carcaça (t eq. c.). Esse volume é 2,67% menor que o exportado pelo estado em 2022, quando houve recorde de embarques.

A receita com as exportações de carne bovina de Mato Grosso caiu 23% em 2023 para US$ 2,1 bilhões, quando também houve queda nos preços médios da carne exportada.

A China, principal compradora da carne do estado, reduziu a participação em 10,21 pontos percentuais para 53,91% das exportações de carne bovina de Mato Grosso.

O segundo maior importador, o Egito, elevou as compras de carne bovina do estado em 8,39% em 2023 para 34,61 mil toneladas, e comprou 5,9% do total exportado por Mato Grosso. Em seguida, os Emirados Árabes Unidos tiveram uma participação de 5,1% no total exportado pelo estado e elevaram as importações da proteína em 61,39% para 30,1 mil toneladas.

Por Anna Flávia Rochas

Fonte: