A expectativa era a de que o preço de abertura do mês fosse superado na semana que passou (3 a 9 de dezembro, com cinco dias úteis de negócios), pois este é o período em que a maior parte dos salários chega ao mercado e os varejistas se preparam para atender o consumo do período de Festas.
Mas não: o que ocorreu foi uma retração em relação às cotações de 1º de dezembro, a semana sendo encerrada (dia 8) com um valor menor que o de sete dias antes e com uma média no mês (próxima, mas inferior a R$7,49/kg) apenas 1,2% superior à de novembro passado e ainda 5% inferior à de dezembro do ano passado (quando, por sinal, foi registrada a terceira pior cotação do ano que passou, superior apenas às registradas nos meses de janeiro e fevereiro de 2022).
Sob este último aspecto, a situação em 2023 é bem melhor. Afinal, ainda se alcança a melhor média mensal do corrente exercício. Como ainda pode ser que nestas duas próximas semanas o mercado se torne mais dinâmico e proporcione melhores preços. Mas fica difícil contar com algo mais representativo.
Tudo indica que, neste mês, dois fatores interferem no comportamento do mercado de frangos, dificultando chegar a valores mais representativos que os dos meses anteriores. Primeiro, o natural aumento da oferta em momento reconhecido como o de maior consumo no ano; segundo, o derrame, no período, das aves natalinas, cuja chegada habitual ao mercado foi postergada exatamente para coincidir com o instante de maior consumo.
O resultado, claro, é uma acorrida maior ao produto diferenciado, em detrimento do produto normal, o corriqueiro frango do dia a dia. E como não há um acompanhamento contínuo das aves especiais (são pratos sazonais), pode ser que esteja recaindo sobre elas todo o ganho que, habitualmente, recairia sobre o frango normal. Se for o caso, pena de quem não conseguiu ir além da produção do trivial.
Fonte: AviSite