Esperava-se e poderia ter sido mais. No entanto, os inéditos temporais que afetaram e continuam afetando sobretudo o Sul do País, principal Região exportadora de carne de frango, afetaram os embarques do produto que, em outubro e pelo segundo mês consecutivo, ficaram aquém das 400 mil toneladas. Isto, após seis meses também consecutivos de resultados superiores a esse volume.
Mesmo assim, o volume do mês não representou retrocesso, pois as (quase) 375 mil toneladas embarcadas apresentaram ligeiro acréscimo em relação ao mês anterior (+0,33%), enquanto em relação a outubro do ano passado representaram incremento de 3,25%. O mais importante, porém, é que corresponderam ao maior volume já exportado em um mês de outubro, desempenho que se repetiu pela oitava vez nos 10 primeiros meses de 2023.
A aguardada reação no preço médio do produto ainda não ocorreu. Embora mantendo relativa estabilidade em relação ao mês anterior, o preço registrado em outubro – de US$1.767,99/tonelada – apresentou retração mensal próxima de meio por cento e retrocedeu ao menor valor dos últimos 20 meses. Em comparação a outubro de 2022 a queda foi de 14,56%, mas não se pode esquecer que, então, eram registrados os 10 maiores preços de toda a história das exportações.
O equilíbrio mensal no volume e no preço transmitiu-se, naturalmente, à receita cambial, que recuou apenas 0,11% em relação a setembro passado. Em termos anuais, porém, a queda foi significativa, correspondendo a uma redução de, praticamente, 12% em relação a outubro de 2022. Foi, também, o mais fraco resultado cambial registrado desde março de 2022.
A despeito dos percalços no mês, as exportações de carne de frango fecharam os 10 primeiros meses de 2023 superando, pela primeira vez no período, a marca dos 4 milhões de toneladas. Foram, ao todo, pouco mais de 4,025 milhões de toneladas, 8% a mais que o registrado no mesmo período do ano passado.
E ainda que na média desses 10 meses o preço médio do produto tenha recuado quase 6%, a receita cambial acumulada permanece com evolução positiva, apresentando acréscimo de quase 2% sobre janeiro/outubro de 2022.
Importante deixar claro que todos os dados referem-se apenas e exclusivamente à carne de frango in natura.
Fonte: AviSite