As (perto de) 4,2 milhões de toneladas de carne de frango exportadas entre janeiro e outubro de 2023 representaram aumento de, aproximadamente, 7% sobre idêntico período de 2022. Tal índice correspondeu a um adicional de pouco mais de 267 mil toneladas, volume que teve a contribuição das Regiões Sul (aumento de 6,14%), Centro-Oeste (+10,71%) e Sudeste (+9,27%). Ou seja: nas Regiões Nordeste e Norte o volume exportado diminuiu e deve se manter assim até o final do ano.
Embora o índice de incremento da Região Sul tenha sido inferior ao das outras duas Regiões citadas, foi de lá a maior parcela de aumento: 71% do adicional registrado (quase 190 mil toneladas a mais), enquanto Centro-Oeste e Sudeste responderam por, respectivamente, 18% e 13% (47 mil toneladas e 35 mil toneladas a mais, também respectivamente).
Uma vez que o índice de incremento na receita (menos de 2% de acréscimo) é inferior ao do volume (+6,82%), fica claro que houve queda no preço do produto exportado. Mas isso não foi observado em todas as Unidades Federativas (UFs) exportadoras. No Sul, por exemplo, o volume embarcado pelo Rio Grande do Sul recuou 1,97% e a receita menos da metade disso (0,79%), como resultado de uma valorização de 1,20% no preço médio.
Da mesma forma que o estado gaúcho, outros 10 estados obtêm, na média do ano, preço superior ao do mesmo período do ano passado – reflexo da valorização do produto e/ou da exportação de itens com maior valor agregado. São, em ordem alfabética: Amapá, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia e Roraima, além do Rio Grande do Sul.
Neste caso, o exemplo mais visível é o de Pernambuco: embarcou em 10 meses volume 26,62% maior que o do mesmo período de 2022, mas obtém neste ano receita 242% superior. Efeito de um incremento de 170% no preço médio.
Fonte: AviSite