A habitual, mas sempre ansiada, valorização do frango na segunda semana do mês (momento em que os salários chegam ao mercado) esteve totalmente ausente em novembro corrente.
Em outras palavras, o que se viu e persistiu foi uma estabilidade que já dura mais de mês e que, em um espaço de 30 dias (isto é, desde 10 de outubro passado), fez os preços do frango abatido variarem não mais que 1% abaixo e acima da média, neste caso de R$7,30/kg.
O valor alcançado na média do primeiro decêndio de novembro está um pouco acima disso, pois se encontra em R$7,32/kg, valor que representa aumento de pouco mais de 1% sobre outubro passado, mas que se encontra quase 10% abaixo do registrado em novembro de 2022.
Frente ao feriado no meio da semana (15 de novembro) é até provável que haja alguma antecipação nas compras neste início de semana e, com ela, alguma revitalização nos preços. Mas, dado o próximo início da segunda quinzena, fica difícil contar até com a permanência da estabilidade atual.
Anos atrás, revitalização do gênero ainda era factível, pois a segunda quinzena de novembro era marcada pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário. Hoje, o pagamento ainda ocorre. Mas no meio do caminho agora tem uma Black Friday, que também já não dura apenas um dia.
A registrar que, no início da semana, o frango vivo disponibilizado no mercado independente do Estado de São Paulo ainda experimentou forte procura e, com isso, obteve novo reajuste de 10 centavos, sendo comercializado por R$5,20/kg, vinte centavos a mais que no primeiro dia do mês. Mas no decorrer da semana o mercado voltou a esfriar, tornando esse valor um referência em relação à qual passaram a ser aplicados descontos variados.
Aparentemente, apenas em Minas Gerais o mercado permanece firme, a ponto de ter proporcionado, na semana, dois novos ajustes de cinco centavos cada. Como um primeiro ajuste no mesmo valor havia sido obtido no encerramento da semana passada (3), o frango vivo mineiro abre esta terceira semana de novembro cotado a R$5,15/kg, quinze centavos a mais que na abertura do mês.
Este é, também, por pequena diferença, o maior valor nominal registrado em Minas Gerais desde a última semana de dezembro de 2022. Daí o valor médio de 2023 se encontrar, no momento, mais de 17% abaixo do registrado em idêntico período do ano passado.
Fonte: AviSite