Curso em formato EAD, presencial ou semipresencial tem como premissas centrais as exigências do programa ‘Aplicador Legal’, do Governo Federal; em três anos, somente poderão aplicar agroquímicos trabalhadores habilitados
Fruto de uma parceria público-privada, a Unidade de Referência em Produtos Químicos e Biológicos (UR) informa que este ano formou 130 instrutores para treinar trabalhadores aplicadores de agroquímicos. A UR conta com qualificação para promover capacitação profissional nessa área com base nas exigências do Decreto nº 10.833/2021 (Programa Aplicador Legal), do Governo Federal. Os formatos de treinamento disponíveis, informa a UR, passam a atender ainda empregadores do agronegócio e os próprios aplicadores de produtos.
Estabelecida nas dependências do Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC) – órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP localizado na cidade de Jundiaí -, a Unidade de Referência criou recentemente um Núcleo Interno de Treinamento Aplicador Legal, que disponibiliza treinamentos EAD, presenciais e semipresenciais, todos customizados.
“Esses formatos estão plenamente sincronizados com a N.R. 31.7 (prevenção de acidentes com defensivos agrícolas)”, destaca o pesquisador científico Hamilton Ramos, coordenador da UR e idealizador dos métodos de treinamento atrelados às premissas do programa ‘Aplicador Legal’. De acordo com ele, todos os programas de treinamento da UR recebem chancela oficial do IAC – Instituto Agronômico.
Ramos explica ainda que a nova regulamentação governamental determina que, para exercer a profissão, o aplicador de agroquímicos terá de passar por uma ‘autoescola técnica’. Essa exigência deve passar a vigorar em três anos, segundo Ramos. Conforme o pesquisador, a UR tornou-se pioneira, no território nacional, na oferta de treinamentos “com objetivo de fomentar a expansão dessas ‘autoescolas’”.
Segundo Ramos, a expectativa da UR é a de atrair mais de 1 mil alunos nos próximos dois anos. “Hoje em dia somente entre 30% e 40% dos aplicadores de produtos são treinados segundo boas práticas de saúde, segurança e tecnologias, abrangendo pequenas, médias e grandes propriedades. O déficit de qualificação na área é elevado no Brasil e precisa ser reduzido”, finaliza.
Fonte: Assessoria