O ministro Carlos Fávaro e a equipe do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) se reuniram com os delegados da Câmara de Indústria e Comércio da Indonésia (Kadin), na tarde desta terça-feira (31), e apresentaram o maior programa de produção sustentável de alimentos do mundo que está sendo desenvolvido pelo Brasil.

O programa prevê a recuperação e conversão de 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis em dez anos, para dobrar a área de produção de alimentos no Brasil sem desmatamento, evitando assim a expansão sobre áreas de vegetação nativa.

Fávaro lembrou que nos últimos 50 anos o Brasil aumentou em 580% sua produtividade com a incorporação de 40 milhões de hectares de área de plantio, passando de importador a um dos maiores exportadores de alimentos do mundo.

“A diferença é que agora podemos fazer isso em até 10 anos e sem avançar nas áreas preservadas do nosso país, recuperando as pastagens de baixa produtividade com aptidão para a agricultura”, detalhou o ministro. Isso é possível graças ao investimento do país em inovação tecnológica e a pesquisa agropecuária desenvolvida pela Embrapa.

Além das possibilidades de investimento e ampliação das relações comerciais, tendo em vista que o Brasil já tem quantidade e capacidade para garantir a periodicidade de entrega até para mercados como a Indonésia, que conta com uma população de aproximadamente 260 milhões de habitantes, a transferência de tecnologia foi um dos principais temas de interesse da Câmara.

Atualmente a Kadin conta com 55 câmaras bilaterais e uma delas é com o Mercosul, na qual se insere o Brasil.

Chairman em exercício da Kadin, Yukki Nugrahawan, destacou que seu país vem vivenciando um crescimento econômico acima de 5% com inflação controlada, enquanto, em meio ao cenário de guerras, 22 países já começaram a limitar suas exportações.
O Brasil, por outro lado, busca ampliar seu comércio com a Indonésia.

“Fizemos boas reuniões governamentais na busca de ampliarmos essas oportunidades, mas entendemos que em alguns pontos podemos e devemos tirar a presença do Estado para que os empresários tenham relações mais efetivas e menos burocráticas”, avaliou Fávaro.

Mais que a comercialização de produtos, a Kadin busca apoio do Mapa na realização de intercâmbios técnicos desde a formação profissional como na regulamentação da produção agropecuária.

Fonte: MAPA