Mantendo liderança imbatível entre os importadores da carne de frango exportada pelo Brasil – volume quase 70% superior ao do segundo colocado na pauta – a China fechou os nove primeiros meses de 2023 absorvendo mais de 550 mil toneladas do produto, volume que gerou receita cambial próxima de US$1,320 bilhão. Tais resultados representaram aumentos em torno dos 34% tanto em volume como em receita.

Faltando apenas um trimestre para o encerramento do ano, o quadro dos principais importadores já se encontra definido. Aliás, repete praticamente 2022, com apenas uma exceção: o retorno do Iraque ao grupo dos principais importadores da carne de frango brasileira.

Desalojou, neste caso, Singapura – 10ª colocada nos nove primeiros meses de 2022 e agora na 11ª posição. Mas Singapura ainda pode retornar ao bloco dos “dez mais”, pois sua diferença em relação ao atual 10º colocado (Países Baixos) é muito pequena.

O Japão, em função dos embargos recentes impostos a três estados brasileiros (dois deles já suspensos), se coloca, no momento, entre os quatro países que reduziram as importações neste ano. Mas a diferença em relação a 2022, inferior a 1%, ainda tende à reversão. Por outro lado, porém, o Japão se coloca (entre os 10 primeiros importadores) como o único país a proporcionar aumento no preço médio do produto exportado.

Comparativamente a acumulados anteriores, a participação dos 10 principais importadores no total exportado permanece relativamente estável, o grupo respondendo por 63,27% do volume e por quase 65% da receita.

E como geraram receita cambial 7,38% superior à de um ano atrás, contrabalançaram a redução de quase 3% observada entre os demais 156 importadores, propiciando, ao final e até aqui, um aumento de 3,5% na receita total da carne de frango.