Brasil e Cuba fecharam um acordo que reconhece a equivalência dos sistemas de inspeção dos dois países, chamado pre-listing, o que deve possibilitar novas oportunidades de negócio para a indústria de proteínas brasileira, segundo avaliação da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa os setores de aves e suínos.
“Com o acordo de pre-listing, é esperado que novas possibilidades de negócios se abram para os exportadores brasileiros no apoio à segurança alimentar deste importante parceiro comercial do Brasil”, disse o diretor de Mercados da ABPA, Luis Rua, em nota divulgada na sexta-feira (27).
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) brasileiro anunciou na quinta-feira (26) que o acordo com Cuba abrange exportações brasileiras de carnes bovina, suína e de aves, lácteos e produtos do mar.
Conforme o sistema de pre-listing, o órgão de inspeção sanitária cubano Centro Nacional de Sanidade Animal (Cenasa) outorga ao Mapa autorização para certificar e habilitar estabelecimentos auditados pelo Cenasa em 2022 e 2023, mas também outras unidades produtivas, caso forem cumpridos os requisitos estabelecidos.
O acordo vale por dois anos e pode ser renovado.
“Cuba é mais um país a estabelecer acordo com o sistema brasileiro por meio do sistema de pre-listing, que somente este ano foi estabelecido também com o Reino Unido e o Chile. É o reconhecimento dos elevados níveis de controle de qualidade e sanitário empregados pelo Brasil sob supervisão do Ministério da Agricultura, que tem permitido ao país avançar no mercado internacional”, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Cuba importou 16,6 mil toneladas de carne de frango do Brasil e 2 mil toneladas de carne suína nos nove primeiros meses de 2023, gerando receitas de US$ 27,3 milhões.
Por Anna Flávia Rochas
Fonte: CarneTec Brasil