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Na exportação, preço da carne de frango in natura retorna ao mesmo patamar de 10 anos atrás

O valor de US$1.811,47/tonelada alcançado pela carne de frango in natura exportada em agosto último significou retornar não só a patamares próximos dos registrados em março do ano passado, mas também àqueles de quase 10 anos atrás, no final de 2013. A diferença a menos, agora, não chega a um dólar (US$1.812,29/t em dezembro de 2013).

Notar, por sinal (gráfico abaixo), que a evolução do preço nos últimos meses apresenta comportamento muitíssimo similar ao de 2013. O que muda, apenas, é o espaço de tempo. Lá atrás, foram nove meses entre o pico de preços (US$2.204,17/t em abril/13) e o preço de dezembro – quase 18% inferior.

Agora, o tempo transcorrido entre o pico e o preço atual foi um pouco maior: 14 meses. Mas tanto o preço registrado como o índice de queda (pouco mais de 18%) são, praticamente, os mesmos.

Chama a atenção no desempenho da década passada a incisiva queda de preços registrada logo após o pico, no primeiro semestre de 2013. A partir daí foram quase três anos de retrocessos, só revertidos no início de 2016. Então, durante todo um quadriênio (2016/2019) os preços permaneceram em relativa estabilidade, em torno (mas ligeiramente abaixo) da faixa de US$1.600/t.

Talvez essa estabilidade prosseguisse nos anos seguintes. Mas no meio da travessia tinha uma pandemia. Que, primeiramente (2020, devido à paralisação global), ocasionou o retrocesso do preço a níveis que não eram observados desde 2009 e, na sequência (pela sensível queda na produção), levou a novo recorde histórico de preço.

Como nos dois recordes foram atingidos valores elevados e até certo ponto inesperados, paira no ar certa preocupação em relação à continuidade das baixas atuais: manterão o mesmo ritmo de uma década atrás ou tendem a uma rápida estabilidade?

As condições econômicas mundiais e até mesmo a concorrência das duas outras duas carnes, bovina e suína, adiantam que alcançar alguma estabilidade será difícil – pelo menos no curto prazo. Mas, com certeza, a deterioração de preços não será tão grave quanto a observada entre 2013 e 2015.

À primeira vista, pois, o que deve prevalecer é um retorno àquela estabilidade observada no quadriênio 2016/2019, período em que os negócios se desenvolveram em torno de US$1.600,00/t.

Levando em conta que nos últimos 14 meses os preços recuaram a uma média pouco superior a 1,5% ao mês, esse valor (isto é, o possível novo ponto de equilíbrio) será atingido em pouco mais de seis meses, por volta de março/abril de 2024.

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