O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou, nesta terça-feira (19), do lançamento do estudo “Perspectivas para a Agropecuária na Safra 2023/24”, na sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo projeta melhoria na área destinada às lavouras de arroz e feijão. A publicação avalia cinco grãos produzidos no país – algodão, arroz, feijão, milho e soja – e carnes de bovinos, frangos e suínos.
“A Conab volta a cumprir seu grande papel. Todo entusiasmo do presidente Edegar é legítimo e é fruto de políticas públicas. Claro que quando você tem uma empresa pública voltada a garantir estoques públicos e trazer equilíbrio na produção de alimentos no país sendo deixada de lado, certamente os menos favorecidos vão sofrer com alta de preço e, consequentemente, a fome volta no Brasil”, disse o ministro, ressaltando a importância da Companhia para a produção de alimentos do Brasil.
Fávaro lembrou que a safra agrícola brasileira tem que ser comemorada, com produção de 323 milhões de toneladas. “Mas não são só os grãos que temos que celebrar. Produzimos fibras e energias. Temos as carnes e as frutas. E só aí já passamos longe um bilhão de toneladas produzidas nesse país. A cana-de-açúcar vai se transformar em açúcar e no etanol; a soja é transformada em farelo e também em proteína animal e em óleo de soja, que vira biodiesel e óleo comestível”.
“Enfim, a safra brasileira mexe com a economia, que gera energia, que garante estabilidade”, conclui o ministro.
Perspectivas
Segundo o levantamento, a produção de carne de frango pode chegar a 16 milhões de toneladas em 2024. O resultado, caso confirmado, é um novo recorde para a série histórica, ultrapassando as 15,44 milhões de toneladas que deverão ser produzidas neste ano. O desempenho favorável influencia na expectativa da produção das carnes (frango, suína e bovina), estimada em 30,85 milhões de toneladas no próximo ano.
“Mais uma vez temos a expectativa de um novo recorde na produção de carnes no país, considerando bovinos, aves e suínos. A soma da redução do insumos de produção, como o milho, e a ampliação da oferta de proteínas no país consolida a tendência de queda do preço da carne para os consumidores”, reforçou o presidente da Conab, Edegar Pretto.
O documento também traz a projeção para a produção de arroz, feijão, milho, soja e algodão, mostrando que a produção de grãos na safra 2023/24 deve chegar a 319,5 milhões de toneladas. Estes cinco produtos correspondem a mais de 90% da produção brasileira de grãos.
Para o presidente, “o estudo apresentado traz agora uma boa notícia, que é a melhoria da área plantada desses dois alimentos – arroz e feijão, sinalizando mais comida na mesa do brasileiro. A retomada de políticas públicas pelo governo brasileiro, como o Plano Safra, compras públicas e garantia de preços mínimos deram um sinal positivo para quem quer produzir comida”, completa.
Estavam presentes no evento o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e diretora Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello; e o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Conab, Luis Carlos Guedes Pinto.
Fonte: MAPA