Pesquisador do Fundecitrus explica que a doença é endêmica e que, por isso, ações precisam ser tomadas todos os anos para que não haja perda da produção
A leprose é uma das principais doenças da citricultura e atinge, principalmente, laranjeiras doces. Provocada pelo vírus leprose dos citros, transmitido pelo ácaro Brevipalpus phoenicis, pode causar perdas de produção e redução da vida útil da árvore debilitada.
Durante a safra 2022/2023, a doença causou a queda prematura de 1,99% dos frutos. Embora o número seja menor que a safra anterior, a de 2021/2022, quando 2,83% das frutas caíram com sintomas de leprose, o produtor não pode baixar a guarda.
O pesquisador Renato Bassanezi falou sobre o assunto no Fundecitrus Podcast. Ele explica que pelo menos dois fatores podem ter contribuído para a redução do impacto da doença na última safra. “Primeiro a maior atenção do citricultor no combate ao ácaro transmissor e à doença, e também a uma mudança climática, já que tivemos um período mais chuvoso nesse segundo semestre, principalmente nas regiões mais quentes do estado, A gente sabe que longos períodos secos e quentes são bastante favoráveis para o ácaro”, explica Renato.
A redução, no entanto, não permite qualquer relaxamento no combate à doença. Renato explica que o ácaro é endêmico, ou seja, presente em todas as regiões do cinturão citrícola. “. À medida que o fruto vai crescendo, o ácaro vai se multiplicando nesses frutos, até atingir o pico populacional próximo da maturação, por isso é muito importante que o produtor esteja frequentemente monitorando o ácaro e use corretamente os acaricidas para evitar prejuízos”, completa.
O Fundecitrus Podcast esrá disponível nas principais plataformas de áudio. Acesse: https://pod.link/1618971312.
Fonte: FUNDECITRUS