Na segunda-feira (25), representantes da cadeia produtiva da citricultura paulista – Associação Brasileira de Citros de Mesa (ABCM), a Fundecitrus e a Câmara Setorial da Citricultura da SAA – foram recebidos na sede da Secretaria, pelo secretário de Agricultura e Abastecimento, Antonio Junqueira, pelo secretário executivo da Pasta, Guilherme Piai, e por técnicos da SAA para debater ações de combate ao greening no estado de São Paulo.
Plano de Ação Integrado
O objetivo da Secretaria de Agricultura e Abastecimento é garantir renda ao produtor e inocuidade dos alimentos que chegam à mesa dos consumidores. Para o secretário de Agricultura, a melhor maneira para enfrentar o problema é de, junto ao setor produtivo, implementar um plano integrado de trabalho.
A ação pretende criar um conjunto de iniciativas propostas pelos secretários, envolvendo a Coordenadoria de Defesa Agropecuária, com foco em sanidade vegetal, reforçando as vistorias de pomares abandonados nas regiões afetadas pela doença, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) com trabalho de extensão rural, e das Câmaras Setoriais, fóruns permanentes que reúnem o setor produtivo com a SAA.
Além disso, o secretário executivo propôs um trabalho conjunto à Secretaria de Comunicação de SP para entender a melhor forma de divulgar o status da doença no estado.
Os representantes do setor apresentaram um conjunto de medidas para tentar resolver o problema em SP. Entre as ações, estão a aplicação de inseticidas com periodicidade em pomares, escolha adequada da nova região para plantio e a realização de controle de citros não comerciais na região do entorno da propriedade produtiva. Ainda, o registro de moléculas de combate ao greening junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA)
O grupo sugeriu também a criação de um plano de comunicação para conscientização da sociedade em função da incidência de greening e, para além disso, fortalecimento da pesquisa para buscar novas alternativas para combate da doença.
O setor de sucos, sendo o de laranja o mais rentável da balança paulista, é o quinto produto do agro mais exportado em São Paulo, responsável por cerca de U$S 1,3 bilhão das vendas externas setoriais do Estado.
O que é o Greening?
O responsável pela doença é um inseto com menos de 3 milímetros que transmite bactérias à planta, o que deixa suas folhas amareladas e mosqueadas.
A doença tem potencial para infestar pomares inteiros, ataca todos os tipos de citros e não há cura para as plantas doentes. Segundo o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a incidência do greening cresceu 56% e passou de 24,4% em 2022, para 38,06% em média em 2023.
Participaram o coordenador da Defesa Agropecuária, Luiz Henrique Barrochelo, o diretor do Departamento de Defesa Sanitária Vegetal da CDA, Alexandre Paloschi, o coordenador das Câmaras Setoriais da SAA, José Carlos Faria de Cardoso, o pesquisador do Centro de Citricultura Sylvio Moreira/IAC, Dr. Helvecio Della Coletta Filho, e o presidente Câmara Setorial da Citricultura/SAA, Antonio Carlos Simonetti.
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo