DESTAQUES DO DIA

Carnes: volume exportado entre janeiro e agosto aumentou quase 5%, mas receita recuou mais de 8%

Dados compilados pelo MAPA junto à SECEX/ME apontam que, embora em expansão, as exportações brasileiras de carnes vêm apresentando resultado econômico bem diferente do registrado nos oito primeiros meses de 2022.

Assim, ainda que o volume exportado entre janeiro e agosto de 2023 tenha aumentado perto de 5%, a receita cambial obtida registra queda de 8,61%, desempenho oposto ao do mesmo período do ano passado, ocasião em que a receita acumulada aumentou 30% em relação ao ano anterior.

Efeito, sem dúvida, de uma readequação de preços (não exclusiva do Brasil) no mercado internacional após um exercício de recordes históricos. E os maiores efeitos, no caso, se concentram na carne bovina, cujo preço médio atual é inferior não só ao do ano passado (queda de mais de 20%), mas também ao de 2021 (4% a menos).

E como o retrocesso no preço vem se estendendo também ao volume exportado (a oferta, elevada, supera a demanda apresentada por consumidores mundialmente descapitalizados), o efeito maior recai sobre a receita cambial do produto, perto de 24% inferior à dos mesmos oito meses de 2022.

A queda de preço afeta também a carne de frango, mas em índices bastante inferiores aos da carne bovina (-2,66%). Além disso, o preço médio agora registrado permanece mais de 20% acima do alcançado em idêntico período de 2021. E uma vez que entre janeiro e agosto de 2023 o volume embarcado aumentou quase 8,5%, a receita cambial permanece positiva, com incremento de 5,5%.

Porém, considerados os valores relativos, o melhor desempenho continua, mesmo, com a carne suína. Pois o volume até aqui exportado é quase 12% maior, enquanto o preço registra incremento de 7%. O efeito é uma receita cambial perto de 20% superior à do mesmo período do ano passado e que supera também (em cerca de 6%) a receita dos oito primeiros meses de 2021.

Interessante notar que, a despeito do mau momento, a carne bovina acumula receita apenas 1,2% inferior à da carne de frango. Assim, a participação de ambas na receita cambial das carnes é muito similar (42%), com diferença de apenas meio ponto percentual entre uma e outra.

compartilhe:

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
WhatsApp
Telegram

Carnes: volume exportado entre janeiro e agosto aumentou quase 5%, mas receita recuou mais de 8%

error: Conteúdo protegido!