No acumulado dos oito primeiros meses de 2023 o quadro de importadores da carne de frango brasileira sofreu algumas alterações em relação ao que foi registrado até julho e, com elas, os cinco principais importadores voltaram a ocupar as mesmas posições de um ano atrás.
A China, claro, permaneceu (imbatível) na primeira colocação, respondendo por quase 15% das exportações brasileiras do produto, graças a compras um terço maiores que as efetuadas entre janeiro e agosto de 2022.
Mas a segunda posição voltou a se ocupada pelos Emirados Árabes Unidos – apesar de um retrocesso de quase 7% nas importações deste ano. É que em agosto, especificamente, os Emirados importaram quase 50 mil toneladas do produto (a média, entre janeiro e julho, foi de pouco mais de 35 mil toneladas mensais), superando com isso o então segundo colocado, o Japão, que em agosto importou menos de 30 mil toneladas (a média, entre janeiro e julho, foi ligeiramente superior a 36 mil toneladas mensais). Efeito, sem dúvida, do embargo temporário imposto pelo governo japonês à carne de frango de Santa Catarina.
A troca seguinte ocorreu no quarto e quinto postos, envolveu Arábia Saudita e África do Sul e teve os mesmos ingredientes, os sauditas recebendo volume ligeiramente maior que os sul-africanos. Em decorrência, a África do Sul, mesmo aumentando suas compras em mais de 25%, caiu para o quinto lugar, deixando a quarta posição para a Arábia Saudita, que retornou ao mesmo lugar de um ano atrás.
Entre os cinco demais principais importadores manteve-se a posição de meses anteriores, permanecendo como destaque no quadro a presença do Iraque, cujas importações aumentaram 182%, fazendo com que o país subisse da 21ª para a nona posição neste ano.
Em conjunto, os 10 maiores importadores aumentaram em pouco mais de 12% o volume adquirido, propiciando um aumento de receita de 9,32%.
O desempenho dos demais 156 importadores foi mais moderado, pois, representando pouco além de um terço do volume e da receita, aumentaram suas compras em apenas 2,17%, deixando a receita negativa em quase 1%. Resultado da baixa do preço médio, que retrocedeu mais entre esses importadores do que entre os 10 primeiros colocados.
Fonte: AviSite