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Programas de melhoramento reduzem até 39% intensidade de emissão de metano entérico nas principais raças leiteiras, comprova Embrapa Gado de Leite em artigo no Anuário Leite 2023

Edição digital do Anuário pode ser baixada gratuitamente em embrapa.br/gado-de-leite 

 

Os programas de melhoramento genético coordenados pela Embrapa Gado de Leite não apenas proporcionaram o aumento da produtividade por animal, mas também provocaram redução da intensidade de emissão de metano entérico. Durante o período de execução desses programas – alguns com quase quatro décadas de existência – em parceria com as associações de criadores das raças gir leiteiro, girolando, guzerá, holandesa e jersey, a queda foi de até 39%.   

 

Esta é uma importante informação do artigo “Pegada de carbono do leite: ações, pesquisas, métodos e metas a perseguir”, tema central do Anuário Leite 2023 da Embrapa Gado de Leite, que acaba de ser concluído. O conteúdo é dos especialistas Luiz Gustavo Ribeiro Pereira, Thierry Tomich e Vanessa Romário de Paula. 

 

O artigo sobre leite de baixo carbono é um dos 35 conteúdos do Anuário, que faz uma detalhada análise do cenário do leite no Brasil, discute tendências de mercado e consumo, traz estatísticas de captação de leite e de insumos (sêmen, nutrição e saúde animal) e aborda os mercados da China e Oceania. A publicação também inclui conteúdos técnicos sobre genética, alimentação e enfermidades, fala do leite A2 e mostra a contribuição da Embrapa para o salto de produtividade da pecuária leiteira no Brasil, além de apresentar artigo exclusivo da chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Elizabeth Nogueira Fernandes. 

 

“A integração de produtores de leite e indústrias de laticínios ganha cada vez expressão na proposta de se ter uma atividade produtiva, econômica e sustentável. Tal referência está diretamente ligada ao fator eficiência na exploração pecuária”, segundo pesquisadores da Embrapa Gado de Leite. Segundo eles, eficiência, sustentabilidade e lucratividade podem andar juntas quando a pauta é leite baixo carbono, tema central desta edição do Anuário Leite 2023”, destaca o editor-chefe Nelson Rentero. 

 

No campo das estatísticas, informa Rentero, os analistas da Embrapa Gado de Leite contam como foi o desempenho do negócio leite dentro e fora das fazendas, no Brasil e no mundo, do ano passado para cá. Em 2022, por exemplo, a demanda foi menor, prejudicada pela elevação dos preços e pela restrição de renda dos consumidores. Com isso, a produção recuou 5% em relação a 2021, fechando o ano em 23,81 bilhões de litros de leite formal, ou seja, 977 milhões de litros a menos do que no ano anterior. Tal volume exigiu aumento nas importações, que subiram 26,3%.  

 

“Em linha contrária, o tradicional ranking Top 100, editado pela consultoria Milkpoint Ventures, também destacado no Anuário, revelou que as 100 maiores fazendas leiteiras do país ampliaram a produção de leite no ano passado. A média subiu 4,75% em relação a 2021, ao atingir 26.721 litros/dia”, informa o editor-chefe da publicação. 

 

O Anuário Leite 2023 também analisa o consumo mundial e mostra que, entre 188 países, apenas 100 têm consumo superior a 100 kg de leite/habitante/ano. E somente 54 países têm consumo superior a 200 kg. Na América do Sul, o Brasil tem atualmente demanda per capita de 170 kg, ligeiramente inferior a Uruguai, Chile e Argentina.  

 

O Anuário Leite 2023 é produzido pela Texto Comunicação por concessão da Embrapa Gado de Leite. A edição geral é do jornalista Nelson Rentero. A edição digital pode ser baixada gratuitamente no site: embrapa.br/gado-de-leite 

 

Fonte: Assessoria

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