Embora tenha atingido o pico de preços do mês na passagem da primeira para a segunda quinzena, isto é, nos dias 15 e 16 (ocasião em que foi registrada, também, a melhor cotação dos últimos três meses), na terceira semana de agosto (13 a 19, cinco dias de negócios) o frango abatido manteve a mesma estabilidade alcançada em meados da semana anterior.

Com tal desempenho, fecha os dois primeiros decêndios de agosto (14 de um total de 23 dias de negócios) cotado a R$6,33/kg, valor quase 9% superior ao registrado no mês anterior, mas ainda mais de 21% inferior ao de um ano atrás.

A mesma estabilidade de preço foi observada com o frango vivo. Mas as condições de mercado – pelo menos em São Paulo – sofreram sensível alteração. Pois a demanda sofreu aguda retração e a cotação em vigor – R$5,00/kg – voltou a ser um referencial sobre o qual recaíram descontos variáveis. Firme desde o final de julho, agora o mercado paulista tornou-se calmo.

Tudo indica, neste caso, que a readequação da produção (temor com os eventuais desdobramentos da Influenza Aviária, possibilidade mencionada por Ricardo Santin, Presidente da ABPA) resultou em um ajustamento de oferta que levou os abatedouros a recorrerem ao mercado independente para atender o mercado no melhor momento de vendas do mês (primeira quinzena). Passada a demanda desse momento, a procura pela ave viva voltou a se retrair.

Tais explicações não se aplicam a Minas Gerais, onde o mercado permanece firme e a cotação registrada – R$4,90/kg – alcança o maior valor dos últimos cinco meses.