Responsáveis por quase dois terços da carne de frango exportada pelo Brasil entre janeiro e julho deste ano, os 10 principais importadores do produto aumentaram suas compras em mais de 13%, índice bem superior ao registrado pelos demais 151 importadores do período, cujas compras aumentaram apenas 2,67%.
Entre os 10, apenas dois países vêm apresentando queda de importação: Emirados Árabes Unidos e Países Baixos. Mas isso não altera o posicionamento anterior do grupo que continua tendo entre os “novatos” apenas um importador, o Iraque. Ou seja: um ano atrás os outros nove integrantes do rol já integravam o grupo.
No entanto, se em termos de volume são apenas dois os recuos, no tocante à receita o número dobra, refletindo as quedas no preço médio do produto. Dessa forma, além de Emirados Árabes e Arábia Saudita, Filipinas e México também propiciam receita menor que a de um ano atrás. E, neste caso, a perda mais significativa é a das Filipinas – cuja receita recuou 16%, mesmo tendo aumentado suas importações em quase 4%.
Caso oposto é o dos Países Baixos: reduziram em 5,15% o volume importado, mas geraram receita 2,5% superior, isto significando valorização do preço médio do produto. Por sinal, colocados na 10ª posição em termos de volume, no tocante à receita os Países Baixos sobem para o 5º lugar. Porque, em essência, adquirem produto com maior valor agregado, sobretudo a carne de frango salgada.
E quanto ao Japão, que em meados de julho passado embargou as exportações de Santa Catarina? Alguma mudança? À primeira vista não, pois, pelos dados da SECEX/ME, importou em julho pouco mais de 37,5 mil toneladas de carne de frango, volume ligeiramente superior à média mensal registrada no primeiro semestre do ano – 36.638 toneladas.
Fonte: AviSite