Segundo analistas ouvidos pela Reuters, o mercado ontem foi apoiado pela notícia de que a Índia deverá proibir as usinas de exportarem açúcar na temporada que começa em outubro, interrompendo os embarques pela primeira vez em sete anos. “O tempo seco reduziu a produtividade da cana e a Índia caminha para o agosto mais seco em mais de um século. A notícia levou a uma forte reviravolta nos preços, que anteriormente haviam caído para 23,08 centavos, o menor nível em sete semanas”, destacaram os operadores.
Em Nova York, na ICE Futures, o açúcar bruto, contrato outubro/23, fechou ontem em 23,85 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 45 pontos, ou 1,9%, no comparativo com os preços da véspera. Já a tela março/24 subiu 47 pontos, contratada a 24,18 cts/lb. Os demais contratos subiram entre 33 e 44 pontos.
“Uma pesquisa divulgada pela S&P Global Commodity Insights estimou a produção de açúcar na importante região centro-sul do Brasil durante a primeira quinzena de agosto em 3,54 milhões de toneladas, um aumento de 34,4% em relação ao mesmo período do ano anterior”, trouxe a Reuters.
Londres
Na ICE Futures Europe de Londres a quarta-feira também foi de alta em todos os lotes do açúcar branco. O vencimento outubro/23 foi contratado ontem a US$ 693,50 a tonelada, valorização de 12,10 dólares no comparativo com o dia anterior. Já a tela dezembro/23 subiu 9,70 dólares, negociada a US$ 674,70 a tonelada. Os demais contratos subiram entre 7,30 e 9,80 dólares.
Mercado interno
No mercado doméstico a quarta-feira foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada ontem a R$ 135,70 contra R$ 135,06 de terça-feira, valorização de 0,47% no comparativo.
Etanol hidratado
Pelo quarto dia seguido o etanol hidratado fechou em baixa pelo Indicador Diário Paulínia nesta quarta-feira. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.271,50 o m³ contra RR$ 2.279,00 o m³ praticado na véspera, queda de 0,33% no comparativo entre os dias.