Dados da FAO apontam que na média dos últimos quatro semestres (24 meses) a carne de frango exportada pelo Brasil foi comercializada por valor 48,3% superior ao obtido pelo produto norte-americano. Porém, em 2023 (1º semestre), a diferença em relação à média aumentou 7,3 pontos percentuais, situando-se em 55,6%.

Embora tenha recuado no fechamento do período (em junho passado a margem ficou em 50,2%), a média obtida no semestre correspondeu ao melhor resultado semestral dos últimos dois anos. Ficou em 43,5% no segundo semestre de 2021, recuando para 42,8% no primeiro semestre do ano passado. Mas deu um salto significativo no segundo semestre de 2022, chegando a 51,4%. Neste ano registrou novo aumento – de 8% em relação ao semestre anterior e de 30% em relação ao mesmo semestre do ano passado, o primeiro de 2022.

A maior diferença nesses dois anos foi registrada em janeiro de 2023, ocasião em que a carne de frango brasileira (considerado apenas o produto in natura) obteve valor médio 72,3% superior ao alcançado pelo produto dos EUA. Notar, neste caso, que essa diferença correspondeu ao dobro do registrado no início de 2021, ocasião em que a diferença de preços foi de exatos 35%.

Comparativamente ao preço registrado em janeiro de 2021 (US$1.272,12/tonelada), a carne de frango dos EUA fechou o primeiro semestre de 2023 com valorização próxima de 3,5% (US$1.316,00/tonelada). Já o produto brasileiro registrou valorização superior a 15% – passou de US$1.716,98/tonelada para US$1.977,00/tonelada.

É oportuno lembrar que preços e margens diferenciados estão relacionados aos diferentes itens exportados por um e outro país. No caso brasileiro, o mix é bem mais amplo e diversificado. Daí os valores proporcionalmente maiores. De toda forma, a valorização do produto brasileiro é bem mais significativa