A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse na segunda-feira (24), Dia do Suinocultor, que a suinocultura brasileira está em fase de recuperação e reafirmou expectativas de crescimento na produção e exportação de carne suína neste ano.
“O Brasil tem ocupado espaço de outros grandes players internacionais, como é o caso da União Europeia, reforçando o papel do nosso país na segurança alimentar global. Neste contexto, temos finalmente um fôlego com uma retração gradativa nos preços do milho e do farelo de soja, o que é um alento frente às altas acumuladas em mais de 150%, registradas entre 2020 e 2022”, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin, em nota.
Ao longo dos últimos três anos, a cadeia suinocultora do Brasil enfrentou altos custos de produção e os efeitos da pandemia de covid, levando empresas e suinocultores a operarem com prejuízo apesar da manutenção do fluxo produtivo, segundo a ABPA.
Santin disse que o setor ainda enfrenta altas em preços de outros insumos como diesel, energia, plástico e papelão. “Contudo, há uma perspectiva positiva e produtores e agroindústrias vivenciam atualmente um momento de equilíbrio nas contas”, disse Santin.
A entidade espera que a produção brasileira de carne suína supere 5 milhões de toneladas pela primeira vez na história em 2023, com recorde de exportações próximo a 1,2 milhão de toneladas, conforme informado em dezembro do ano passado.
O consumo per capita brasileiro também deve ficar acima dos 18 kg registrados em 2022.
A ABPA disse que as projeções, reafirmadas na segunda-feira (24), consideram o comportamento do setor até o final do primeiro semestre deste ano. O Brasil exportou 590 mil toneladas de carne suína no primeiro semestre, 15,6% acima do mesmo período do ano passado. A receita com os embarques subiu 26,7% para US$ 1,4 bilhão.
A entidade deve divulgar novas informações sobre do desempenho da avicultura e da suinocultura brasileiras no dia 17 de agosto, em coletiva de imprensa.
Por Anna Flávia Rochas
Fonte: CarneTec Brasil