Depois de registrarem embarques de 27.068 toneladas diárias nas duas primeiras semanas de junho (seis dias úteis), as exportações brasileiras de carne de frango in natura da semana passada (11 a 17, cinco dias úteis) ficaram restritas a 17.478 toneladas diárias – uma queda de mais de 35% em apenas uma semana.
Mas, na realidade, não houve retração e, sim, readequação dos números à realidade, fator ausente no levantamento anterior, o primeiro do mês. Com essa readequação (meramente contábil), o volume embarcado na média diária dos 11 primeiros dias úteis de junho ficou em 22.709 toneladas, resultado próximo, mas ainda superior, aos registrados nos 12 meses anteriores, como mostra o gráfico abaixo, à esquerda.
Esse resultado tende a sofrer novas diluições nesta e na próxima semana. Mas, por ora, significa incremento mensal de 24% e anual de, praticamente, 20%. E se a média exportada na semana passada se mantiver nestas duas últimas semanas de junho, o total do mês irá ficar ligeiramente acima das 475 mil toneladas. Mas, como foi dito, a tendência ainda é de alguma diluição.
Independente, porém, de qual seja o total alcançado neste mês, a realidade é que o volume acumulado desde janeiro até agora, da ordem de 2,287 milhões de toneladas, já supera em quase 3% o que foi exportado no primeiro semestre de 2022, desempenho apontado pelo gráfico abaixo à direita.
O preço médio por ora registrado permanece inferior ao de um ano atrás, apresentando queda anual de 8,6%. Mas pela primeira vez neste ano volta a superar a marca dos US$2.000/tonelada. O valor alcançado (US$2.013,06/tonelada) é 3% superior ao de maio passado.
Fonte: AviSite