A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) anunciou a suspensão por 90 dias do trânsito de aves originadas em sete municípios do estado para outras cidades dentro e fora do Paraná, após confirmado o terceiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade em aves silvestres no estado.

O terceiro foco em ave silvestre no Paraná foi confirmado em Paranaguá no último dia 27 de junho em uma amostra colhida de uma ave da espécie trinta-réis-real (Thalesseus maximus).

“As medidas de vigilância em propriedades em torno do foco estão em andamento”, disse a Adapar em nota.

Com a medida, fica suspenso o trânsito de aves originárias em Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná com destino a outros municípios do Paraná ou outros estados.

A suspensão abrange aves ornamentais, passeriformes, galinhas de raça pura e outras espécies, inclusive de corte e postura comercial, bem como aves silvestres em cativeiro.

O Paraná é o maior estado produtor de carne de frango do país.

Primeiro caso em Santa Catarina

Até a noite de quinta-feira (29), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) havia confirmado 52 focos de influenza aviária de alta patogenicidade em aves silvestres no país e um caso em ave de subsistência no Espírito Santo.

Os casos em aves silvestres estão no Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Bahia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Este último estado teve seu primeiro foco confirmado no dia 26 de junho, em uma ave silvestre trinta-réis-real em São Francisco do Sul.

“Não há propriedades de produção comercial no raio de 25 quilômetros do foco localizado em São Francisco do Sul, norte de Santa Catarina”, informaram a Secretaria de Estado da Agricultura e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) em nota técnica.

A Cidasc disse que as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres na região foram intensificadas e, dependendo da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas para evitar a disseminação da enfermidade.

Por Anna Flávia Rochas

Fonte: CarneTec Brasil