O governo do Rio de Janeiro confirmou no sábado (27) o terceiro caso de influenza aviária (H5N1) em ave silvestre no estado. E foi confirmado na noite de segunda-feira (29) o primeiro foco da doença no Rio Grande do Sul. No total, já são 13 casos confirmados no Brasil até o momento (veja tabela no fim desta notícia).
No Rio Grande do Sul, o primeiro caso de IA foi registrado em ave silvestre da espécie Cygnus melancoryphus (nome popular cisne-de-pescoço-preto), encontrada na Estação Ecológica do Taim, sul do estado. O local já foi interditado para visitação, segundo informações no site do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O terceiro caso no Rio de Janeiro foi identificado em um animal da espécie Thalasseus acuflavidus, conhecido como trinta-réis-de-bando, encontrado na Ilha do Governador, zona norte da cidade do Rio de Janeiro – é o primeiro caso na capital do estado, os outros dois haviam sido em São João da Barra e Cabo Frio. O material coletado foi analisado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP) do Mapa.
Outros nove casos de gripe aviária foram identificados em aves silvestres no Espírito Santo – o mais recente no município de Piúma –, totalizando os 13 casos mencionados no início desta matéria. Nenhum caso foi identificado em aves comerciais e o Brasil mantém o status de livre da doença para fins comerciais.
O governo federal decretou no último dia 22 de maio emergência zoosanitária em todo o país por 180 dias, uma medida para evitar a disseminação da doença.
Ação conjunta dos ministérios
Os Ministérios da Agricultura e Pecuária, do Meio Ambiente e da Saúde debateram na sexta-feira (26) ações conjuntas para evitar a disseminação da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAPP) no Brasil.
Os ministros Carlos Fávaro, Marina Silva e Nísia Trindade falaram sobre a organização dos Centros de Operação de Emergência nas três pastas para a realização de medidas de enfrentamento à doença, segundo nota divulgada pelo Mapa.
“A unificação de padronização de procedimentos vai nos dar mais segurança no enfrentamento a essa crise sanitária, para que o Brasil saia dela sem nenhum maior risco comercial, nem da saúde humana, para que possamos ter tranquilidade e continuar com o status de país livre de gripe aviária”, disse Fávaro, segundo a nota.