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Mudanças climáticas multiplicam por 30 o risco de ondas de calor extremas na Ásia, aponta estudo

A mudança climática tornou as ondas de calor extremas, como as que atingiram Bangladesh, Índia, Laos e Tailândia em abril, pelo menos 30 vezes mais prováveis, de acordo com uma análise científica internacional publicada nesta quarta-feira.

O estudo, realizado por climatologistas internacionais da iniciativa “World Weather Attribution” (WWA), baseia-se nas temperaturas máximas médias e no índice de calor máximo durante quatro dias consecutivos em abril em duas regiões: uma abrangendo o sul e o leste da Índia e Bangladesh, e outro cobrindo toda a Tailândia e Laos.

“Pesquisadores descobriram que a mudança climática tornou essas ondas de calor úmido pelo menos 30 vezes mais prováveis, com temperaturas pelo menos 2°C mais altas do que seriam sem a mudança climática”, disse a WWA em um comunicado.

Em 18 de abril, partes da Índia experimentaram temperaturas superiores a 44°C, matando pelo menos 11 pessoas perto de Mumbai. No dia 15 do mesmo mês, a Tailândia registrou seu recorde histórico de calor na cidade de Tak, com o termômetro marcando 45,4ºC. Duas mortes foram relatadas no país.

“Enquanto as emissões globais de gases de efeito estufa não cessarem, as temperaturas globais continuarão a subir e esses fenômenos se tornarão mais frequentes e graves”, alertou a WWA.

Segundo a mesma fonte, a recente onda de calor úmido no Laos e na Tailândia teria sido praticamente impossível sem a influência das mudanças climáticas, embora ainda seja um evento muito raro que ocorre uma vez a cada 200 anos ou mais.

Fonte: AFP

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