Para ficarem um quarto acima do que foi exportado um ano atrás e ultrapassarem pela primeira vez a casa das 500 mil toneladas mensais, as exportações de carne de frango de março passado contaram com a participação dos quatro principais itens negociados internacionalmente. Mas a maior contribuição foi dada pelos cortes.
Em março eles alcançaram a marca inédita de 370 mil toneladas, volume que representou aumento de, praticamente, 30% sobre a média registrada nos 12 meses anteriores. Mas não só, pois com esse resultado ultrapassaram o total exportado em novembro de 2022 (361.621 toneladas dos quatro itens) e quase se igualaram ao registrado no mês seguinte (371.145 toneladas em dezembro/22).
O frango inteiro, porém, não ficou muito atrás. Depois de mais de dois anos, voltou a superar as 100 mil toneladas mensais, com o volume embarcado – 107.532 toneladas – representando aumento de quase 26% sobre a média dos 12 meses anteriores.
Sem dúvida, o aumento registrado no mês se concentrou no produto in natura. Mas industrializados de frango e carne de frango também deram sua contribuição, com incrementos de 12,02% e 14,47% sobre a média dos 12 meses anteriores.
Em termos de receita, tanto a dos cortes como a receita total atingiram novos recordes em março último. Mas, como fica claro pela tabela abaixo, o produto in natura (cortes e frango inteiro) registrou, na receita, índices de incremento inferiores aos do volume. Porque, em síntese, o preço médio obtido foi inferior ao da média dos 12 meses anteriores.
Notar, além disso, que ao contrário do observado no tocante ao volume, o índice de aumento da receita do frango inteiro (+20%) foi maior que o dos cortes (+17,38%). Porque o preço destes recuou quase 10%, enquanto o do frango inteiro não chegou a 5%. Em função disso, por sinal, desde novembro passado o frango inteiro vem alcançando preço médio superior ao dos cortes.
Já a carne salgada e os industrializados tiveram seus preços valorizados (em 5,8% e 3,8%, respectivamente, comparativamente à média dos 12 meses anteriores). Daí registrarem, na receita, índices de incremento superiores aos obtidos no volume.
Fonte: AviSite