Diversas ações importantes são tomadas para reverter a crise climática ou pelo menos para impedir o seu avanço que vai além da proteção de nossas florestas e a restauração das áreas naturais que foram degradadas. “É importante destacar que estamos na década da restauração de ecossistemas instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), tão grande é a importância desse tema para a vida no planeta”, explica a pesquisadora da APTA Regional de Piracicaba, Cláudia Mira Attanasio, vinculada à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
É vital entender como se restauram processos e funções das florestas nativas e de outros ecossistemas naturais, criando ações de baixo custo e em larga escala, que buscam a mitigação da crise climática. A APTA Regional possui pesquisadores que buscam respostas para essas questões, além da compatibilização da produção agropecuária com a preservação da natureza. “A maior riqueza de nosso país são seus biomas e nós estamos nessa busca, que envolve toda a comunidade científica, para protegê-los e restaurá-los”, enfatiza Claudia.
Claudia detalha que foram desenvolvidos projetos sobre restauração de Florestas Paludosas [florestas de brejo], que “ocorrem em áreas úmidas, de difícil restauração e pouquíssimo estudadas, apesar de sua imensa importância para a preservação dos recursos hídricos”.
Outro trabalho realizado foi sobre a largura ideal das Áreas de Preservação Permanente (APPs) hídricas, consideradas na legislação ambiental brasileira, buscando fundamentar cientificamente as alterações previstas, pelo poder legislativo federal, no Código Florestal.
Uma nova pesquisa está sendo implantada para conhecer a produção de óleos essenciais de espécies nativas, já que o Brasil possui uma das maiores diversidades biológicas do planeta. Estudo que pode trazer retorno econômico às áreas em restauração, ao atender as demandas dos produtores rurais que precisam, de acordo com a lei, preservar e restaurar APPs degradadas em suas propriedades.
Todos os estudos que vêm sendo realizados colaboram de maneira direta com políticas públicas voltadas a mitigação da crise climática, pois a restauração florestal é uma das ações mais relevantes para a retirada de CO2 da atmosfera.
Fonte: Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Estado de São Paulo