Exceto por breve e tênue “soluço” ao final do primeiro decêndio, o frango abatido entrou e prossegue, já na segunda quinzena de março, com os mesmos preços registrados no início do mês – o que, não sendo inusitado, é fato bastante raro.
Dessa forma, alcança até aqui valor médio que, embora 7,36% superior ao de janeiro passado, se encontra apenas 1,96% acima do registrado há um ano. Isto enquanto a inflação acumulada em 12 meses (até janeiro) registra aumento de 5,60%.
À primeira vista, essa estabilidade tende a ser rompida no decorrer desta semana. Mas não, infelizmente, em direção à valorização do produto. Porque o jejum de carnes atual não é devido apenas ao período de Quaresma, mas também, à carência de poder aquisitivo do consumidor.
Neste caso, surpreende a possibilidade de o frango abatido vir a encerrar o mês com valor inferior ao da abertura, enquanto há um ano a variação entre início e final de mês foi de quase 25%. Porém, o ocorrido em 2022 pode ser considerado comportamento fora da curva visto que a época é marcada não só pelo período de Quaresma, mas também pela entressafra da carne bovina, o que faz com que – normalmente – os preços permaneçam em decréscimo entre março e maio.
É verdade que, graças às modernas técnicas de produção, o período de entressafra da carne praticamente desapareceu. Mas, nas atuais condições econômicas do consumidor, o efeito sobre os preços tende a permanecer.
Oportuno lembrar que, sem qualquer reação do frango abatido, o frango vivo prossegue em total apatia. Apenas mantém um preço de referência (R$5,00/kg) passível de descontos variados conforme as necessidades e interesses de vendedor e comprador.
Fonte: AviSite