Frustrou-se totalmente a expectativa de que, na semana que passou, o frango abatido – fazendo jus ao período de pagamento – obtivesse valorização significativa em relação à semana anterior. Pois exceto breve repique na quinta-feira (9), a segunda semana de fevereiro, 10ª de 2023, foi encerrada com os mesmos valores registrados nos primeiros dias do mês.

Difícil contar com algo diferente nesta semana, pois a primeira quinzena de março vai chegando ao fim. De toda forma, vale observar que, um ano atrás, neste mesmo mês, foi na segunda quinzena que o frango abatido apresentou seu melhor desempenho. Alcançou – fato raro – valorização de mais de 12% em relação aos primeiros quinze dias de março, abrindo caminho para – já nos primeiros dias de abril – obterem-se, nominalmente, alguns dos melhores preços de 2022.

Impossível ignorar, no entanto, que naquela ocasião as condições de mercado favoreceram a demanda pela carne de frango. O boi em pé, por exemplo, obtinha valores recordes – ao contrário de hoje quando, devido à interrupção das exportações para a China e outros mercados, enfrenta as menores cotações não só do ano, mas, pelo menos, dos últimos 15 meses.

Quanto ao frango vivo disponibilizado no interior de São Paulo, informações de mercado apontam que, também na quinta-feira, como o frango abatido, obteve, após cerca de oito semanas sem qualquer alteração, reajuste de cinco centavos, tendo como referência, desde então, o valor de R$5,00/kg.

Continua, portanto, operando com valor inferior ao custo básico de produção que, segundo a Embrapa Suínos e Aves, em janeiro passado havia ficado em R$5,34/kg. É verdade que, de lá para cá, houve retrocesso nos preços do milho, principal e mais custosa matéria-prima do frango. Mas, com certeza, não o suficiente para tornar a operação novamente lucrativa.