A Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), tratou na última terça-feira, 28, sobre as demandas para a cadeia produtiva em 2023 e as perspectivas para a próxima safra.
Os participantes apontaram alguns temas que precisam receber atenção esse ano como a melhoria nos recursos para a produção de cana, principalmente para os pequenos e médios produtores, questões fundiárias e a reforma tributária.
O presidente da comissão, Nelson Perez Júnior, ressaltou a importância de se criar um índice voltado à melhoria da remuneração dos produtores rurais. “Temos que pensar em uma solução, como um índice indexador, para balizar os preços e oferecer uma remuneração mais justa para o produtor de cana”, disse.
Além disso, a comissão pretende continuar o trabalho em pautas consideradas prioritárias para o setor, como a busca pela garantia e segurança jurídica da participação dos produtores independentes nas receitas geradas pelos Créditos de Descarbonização (CBios).
Outros temas também estão sendo mapeados, como a promoção e a competitividade de biocombustíveis e o fomento à geração de energia elétrica com uso de resíduos de cana, além do seguro rural.
A comissão discutiu ainda a projeção da safra com a apresentação do técnico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rafael Fogaça. Segundo ele, é possível ter variações nas estimativas desde o último levantamento feito pela Conab, em novembro de 2022.
A principal mudança foi no estado de São Paulo, que retomou a produtividade devido à melhora nas condições climáticas. A previsão para o fechamento da safra é de um aumento de 25 milhões de toneladas de cana em relação ao ciclo anterior, que foi de 578 milhões. O quarto e último levantamento será publicado em 19 de abril.
Em relação à safra 2023/24, Fogaça disse que a Conab vai iniciar o levantamento em março e publicar a primeira estimativa no dia 26 de abril.
Fonte: CNA