Na terceira semana de fevereiro (13 a 17), sétima do ano, o frango abatido apresentou o comportamento natural para o período (concentração da chegada da massa salarial ao mercado), valorizando-se, na média, 4% sobre a semana anterior. Ou cerca de 10% em relação ao fechamento de janeiro.
Com isso, 45 dias depois do início do ano, alcançou o melhor preço de 2023, mas continua com a menor cotação dos últimos 350 dias, ou seja, desde o início de março do ano passado.
Porém, não foram só os salários que dinamizaram a comercialização da semana: houve antecipações por conta do período de Carnaval. Daí uma indagação: não fosse a antecipação das compras devido a essa parada de quatro dias teria o mercado apresentado o mesmo dinamismo?
De toda forma, o setor de abate também deu sua parada. De caráter técnico, para revisão e manutenção dos equipamentos. E isto pode se refletir na retomada desta Quarta-Feira de Cinzas, pois haverá menor disponibilidade do produto para a reposição. Assim, a manutenção ou mesmo alguma retomada de preço pode ocorrer.
Mas fica difícil contar com algo duradouro. Afinal, restam apenas cinco dias de negócios para o fechamento do mês, período de menor poder aquisitivo e poucas vendas e que, em fevereiro, encontra um consumidor totalmente exaurido. E não apenas fisicamente.
O empuxo na semana obtido pelo frango abatido não foi suficiente, ainda, para alavancar os preços do frango vivo, que há seis semanas, permanece com a cotação inalterada, mas sujeita a valores inferiores nas ofertas não programadas.
Com tal desempenho, o frango vivo completou as três primeiras semanas de fevereiro com uma valorização “zero” em relação ao mesmo período de 2022 e uma redução de 0,61% em relação a janeiro passado. Já o valor médio alcançado até aqui pelo frango abatido representa aumento mensal de 5,82% e anual de 14,02%.
Neste caso, porém, não esquecer que o segundo menor valor de 2022 foi registrado justamente no mês de fevereiro. Como, então, o preço médio no mês retrocedeu aos mesmos valores registrados um ano antes, constata-se que os 14,02% atuais ainda estão aquém da inflação oficial (IPCA) que, nos últimos 24 meses registrou variação próxima de 16%.
Fonte: AviSite