Propostas recebidas, vindas do fundo Mubadala e da Raízen, não foram consideradas satisfatórias pelos sócios da joint venture
Em negociação desde meados do ano passado, as usinas da BP Bunge Bioenergia não estão mais à venda. De acordo com uma reportagem do Valor Econômico, a sucroenergética resolveu cancelar o atual processo de venda – mas a petroleira britânica BP ainda teria interesse em se desfazer da companhia.
Conforme as fontes ouvidas, a decisão foi tomada porque BP e Bunge consideraram que as ofertas não eram “satisfatórias”. A princípio, os interessados nos ativos eram a gigante sucroenergética Raízen e o fundo Mubadala, que recentemente assumiu o controle da Atvos.
No caso do fundo de Abu Dhabi, o valor apresentado ficou abaixo do pedido pelas controladoras. Já a Raízen fez uma proposta que incluía a troca de ações – em um modelo similar ao visto na compra da Biosev, em 2021 –, o que não seria de interesse dos acionistas da BP Bunge.
Ainda de acordo com a reportagem do Valor Econômico, a BP deve continuar negociando sua saída do negócio com a Bunge: a ideia seria que a multinacional assumisse totalmente a empresa. Outra possibilidade seria a incorporação da joint venture ao departamento de biocombustíveis da BP.
Com 11 usinas e uma capacidade de moagem de 33 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, a BP Bunge Bioenergia foi avaliada em cerca de R$ 9 bilhões, ou R$ 272,73 por tonelada. Na safra 2021/22, o lucro líquido da companhia foi de R$ 1,7 bilhão.
A reportagem do Valor Econômico entrou em contato com BP Bunge Bionergia, Bunge e BP, mas as companhias optaram por não comentar.
NovaCana
Com informações do Valor Econômico