A certificadora Cdial Halal fechou 2022 com crescimento de 100% na certificação halal para o segmento de agricultura, quando comparado a 2021, e promete aumentar o número de certificações em todas as categorias em 25% este ano. “Foi um ano de muitos desafios, mas com resultados excelentes, sustentados pela ampliação de mercado e pelo interesse das empresas brasileiras em exportarem seus produtos para um mercado que prevê faturamento de US$ 11,2 trilhões em 2028 no mundo”, disse o diretor de Operações, Ahmad M. Saifi, em nota divulgada na semana passada.
No ano passado, foram certificadas 30 empresas ligadas à agricultura, que também englobam indústrias de alimentos. Entre os pontos relevantes desse resultado e que acenam para um 2023 ainda melhor, segundo a certificadora, foram as certificações nas áreas de criação e abate de bovinos, além da produção de peixes. A expectativa da Cdial Halal é de que, em 2023, o setor de proteína cresça entre 15% e 20%.
“Temos um mercado abundante e que necessita de nossas proteínas. Faltam as empresas abrirem novos horizontes e participarem, efetivamente, deste mercado que cresce a cada ano. Hoje, a população muçulmana está em torno de 1,8 bilhão de pessoas no mundo e a expectativa é de que sejamos um terço da população nos próximos dez anos. Alguns países se destacam nesse desenvolvimento econômico, principalmente, pelo aumento de renda disponível, como Indonésia, Malásia, Índia, Paquistão, Nigéria e Irã”, disse Ahmad M. Saifi.
Segundo o executivo, nos últimos anos, os alimentos halal se tornaram populares entre os consumidores muçulmanos e não muçulmanos, pois evoluíram de um certificado halal, embasado na religião, para garantia de segurança alimentar, higiene e confiabilidade. “Vários países, como o Japão, Austrália e outros, buscam a certificação halal porque têm conhecimento do processo de rastreabilidade e qualidade.”
Com a liderança na quantidade de certificados emitidos pela Cdial Halal em 2022, as empresas de proteína animal fecharam o ano representando 53% da quantidade total de clientes da certificadora, com destaque para os exportadores de carne de frango. Segundo a certificadora, o processo de certificação analisa toda a cadeia, da matéria-prima e insumos ao transporte e armazenamento, para garantir, entre outros fatores, que não haja contaminação cruzada com produtos ilícitos para os muçulmanos como a carne suína.
Fonte: CarneTec Brasil