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Em São Paulo, Mapa anuncia as 7 startups vencedoras do desafio Cacau Conecta AgTechs 2022

Murillo Constantino/Quartetto

Ao todo, 46 startups participaram do desafio apresentando projetos inovadores

OMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou as  sete startups vencedores da chamada Cacau Conecta AgTechs 2022 durante o 3° Festival Internacional do Chocolate e Cacau, que ocorreu na última sexta-feira (16), em São Paulo. A chamada promoveu o encontro de AgTechs e investidores para networking, visibilidade e oportunidades de negócios, cujos produtos ou serviços apresentados buscam soluções para gargalos identificados na cadeia produtiva do cacau, em sintonia com a tendência mundial de sustentabilidade.

Por meio de vídeo, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação, Cleber Soares, agradeceu o interesse de todas as participantes. “Esse é o início de um trabalho que visa promover a inovação no setor do cacau brasileiro, principalmente na agregação de valor em três grandes temas: qualidade do cacau, o incremento e a inovação da produção e Foodtechs. Iremos continuar com essa iniciativa para essa cadeia que é muito importante para o país”, disse o secretário.  

O objetivo foi buscar, através das quatro etapas do desafio, soluções inovadoras para apoiar os produtores na tomada de decisão para gestão da lavoura e aumento da eficiência produtiva, bem como soluções voltadas à contagem de frutos em diferentes estágios de crescimento para estimar a frutificação e produção, soluções para melhorar a qualidade das amêndoas e a sua classificação, aperfeiçoar o processo de fermentação, e o desenvolvimento de coprodutos de cacau. A iniciativa contou com a participação de 46 startups que participaram do desafio apresentando projetos inovadores. As vencedoras receberam premiação em dinheiro pelos patrocinadores:  Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) e Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (ABICAB)

Através do Cacau Conecta AgTechs 2022, o Ministério da Agricultura e os principais players da cadeia produtiva têm convergido para o objetivo de ampliar a produção de cacau, melhorar sua qualidade, e promover a sustentabilidade da cadeia produtiva, gerando renda e trabalho de qualidade.

Toda a chamada ocorreu em formato virtual, com exceção de sua última etapa e premiação. A iniciativa é da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) em conjunto com o Departamento de Apoio à Inovação para Agropecuária, ambos da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (SDI).

Metas do setor

A meta do setor cacaueiro é atingir a autossuficiência na produção da amêndoa até 2025/6, e até 2030 o Brasil se destacar ainda mais como produtor de cacau e chocolate de qualidade, conservando o meio ambiente.  

Para alcançar este patamar e elevar o Brasil de novo para figurar entre os três maiores no ranking mundial de produção é necessário tecnologia, produtos, processos e serviços, além de conhecimento e informações aplicados, como: melhoria genética; controle de pragas e doenças; manejos culturais; otimização de produtos e processos relacionados à pós-colheita e à agroindústria; aliados aos princípios de sustentabilidade para incrementar a produtividade, fortalecer a produção, agregar valor ao produto e entregar valor para a sociedade brasileira.

Segundo a AIPC, que abrange as três maiores indústrias moageiras, a capacidade instalada na Bahia permite a moagem de 275 mil toneladas de amêndoas de cacau por ano. O parque chocolateiro brasileiro conta, ainda, com unidades de processamento de médio e pequeno porte e com mais de 300 marcas que utilizam o conceito “tree to bar” e “bean to bar” ou seja, o processo é controlado desde a plantação ou desde a recepção da amêndoa seca até a produção das barras de chocolate.

Estima-se, portanto, que a capacidade de processamento de cacau no Brasil é superior a 300 mil toneladas de amêndoas/ano. Como o país apresenta produção anual abaixo dessa capacidade, em torno  de 220 mil toneladas/ano, conforme previsão da ICCO para a safra 2021/2022), as indústrias brasileiras precisam importar cacau para reduzir a ociosidade.

Fonte: MAPA

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